Síria: durante visita de Annan, repressão matou mais de 60
Presença de enviado da ONU não impede a escalada de violência no país árabe
A presença do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan em território sírio não impediu que a escalada de violência no país continuasse. Segundo grupos de oposição, mais de 90 pessoas, incluindo 61 civis, morreram em bombardeios e confrontos na última terça-feira na Síria, no dia em que Annan se reuniu com o ditador Bashar Assad para tentar achar uma solução para o conflito.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
Leia mais no Tema ‘Guerra Civil na Síria’
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou a morte de 61 civis – entre eles mulheres e crianças -, nove rebeldes e 28 soldados do regime. O maior número de vítimas foi registrado na cidade de Homs, um dos maiores redutos das forças de oposição ao regime de Assad.
Massacre de Hula – As mortes em Homs acontecem menos de uma semana depois do massacre de Hula – um capítulo particularmente sangrento dos confrontos na Síria, que expôs a urgência de uma solução para o conflito. Na última sexta-feira, 108 pessoas, incluindo 49 crianças, foram mortas na cidade de Hula, vítimas de bombardeios com artilharia pesada ou executadas dentro de suas próprias casas. Segundo funcionários da ONU, milícias que apoiam o governo de Assad são as principais suspeitas do massacre.
(Com agências EFE e France-Presse)