Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Silêncio do Conselho Eleitoral sobre referendo agrava tensões na Venezuela

Opositores esperavam que o órgão divulgasse o cronograma do referendo. Das 1,8 milhão de assinaturas, 1,3 milhão são válidas, seis vezes mais que as exigidas por lei

Por Da Redação
9 jun 2016, 10h14

Opositores venezuelanos tentarão mais uma vez, nesta quinta-feira, marchar até a sede do poder eleitoral para exigir a data de ratificação das assinaturas que permitirão a realização do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, em meio ao aumento da tensão política e social no país. Quase 40 dias depois de ter apresentado ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 1,8 milhão de assinaturas para abrir o processo, a coligação opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) ainda não completou o primeiro passo no processo do referendo.

Líderes opositores esperavam que o CNE publicasse nesta quarta o cronograma do referendo, depois de ter sido anunciado na terça-feira que, das 1,8 milhão de assinaturas, 1,3 milhão são válidas, seis vezes mais que as 200.000 exigidas por lei para ativar a consulta. Diante do silêncio eleitoral, a oposição anunciou que nesta quinta-feira seus deputados – que são maioria no Parlamento – se dirigirão cedo ao gabinete do órgão eleitoral para exigir a data de ratificação das assinaturas.

Leia também

“Maduro, estou cansada, não tenho xampu”, diz garotinha

Poder eleitoral venezuelano valida 1,3 milhão de assinaturas para referendo

Continua após a publicidade

Polícia usa bombas de gás para dispersar atos contra o governo na Venezuela

Paralelamente, uma marcha de estudantes e de outros setores opositores partirá pela manhã da Plaza Venezuela ao CNE, a quarta vez em que tentarão chegar à sede do organismo, já que as manifestações anteriores foram bloqueadas e dissolvidas com gás lacrimogêneo pelas forças de segurança. “O CNE está desafiando todo um país que quer paz”, advertiu no Twitter o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, que liderou as marchas. O presidente Maduro sustenta que a oposição não se interessa pelo referendo, e que quer gerar violência para provocar uma intervenção estrangeira.

Segundo as pesquisas, de seis a sete em cada dez venezuelanos é favorável a uma mudança de governo. Para revogar o mandato de Maduro, a oposição precisa de mais de 7,5 milhões de votos, com os quais foi eleito em 2013 após a morte de Hugo Chávez. Enquanto isso, a tensão social cresce, os protestos se tornaram cotidianos, diante do agravamento da escassez de alimentos e remédios e da alta do custo de vida. A inflação é a mais alta do mundo: 180% em 2015 e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê 700% para o encerramento deste ano.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.