Seul acusa Coreia do Norte de fazer novo teste de mísseis
Autoridades sul-coreanas informaram que foram disparados três projéteis sobre o mar do Japão; este é o segundo lançamento em uma semana
O Ministério da Defesa sul-coreano acusou nesta segunda-feira, 9, a Coreia do Norte de realizar um novo teste de mísseis sobre o mar do Japão. Se confirmado, este será o segundo teste do tipo em menos de uma semana.
As autoridades sul-coreanas informaram que detectaram três lançamentos distintos de mísseis de curto alcance em Sondok, na costa leste do país. O projéteis sobrevoaram uma distância de 200 quilômetros com uma altitude máxima de 50 quilômetros e caíram no mar que separa a península do Japão.
“Atualmente, o Exército está monitorando para caso se ocorrer um novo lançamento estarmos preparados”, informou o Ministério em um comunicado. O governo sul-coreano acredita que o teste viola um acordo de 2018 entre Seul e Pyongyang que pretendia diminuir a tensão na Península Coreana.
A Coreia do Norte havia anunciado em 28 de fevereiro que iria retomar os testes militares. A data escolhida por Pyongyang coincide com o aniversário do primeiro encontro entre o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em 2 de março, foi realizado um lançamento de projéteis balísticos com a presença do ditador.
O governo norte-coreano anunciou em dezembro de 2019 o fim da moratória sobre os testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais durante uma reunião de altos funcionários do partido único na Coreia do Norte. Também ameaçou exibir uma “nova arma estratégica”.
Os Estados Unidos e Coreia do Norte negociam um acordo de desnuclearização da península desde 2018, mas as conversas de paz foram paralisadas após a reunião de cúpula entre os dois governos em fevereiro de 2019 no Vietnã não ter resultado em nenhuma acordo.
Pyongyang já testou mísseis capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos. A Coreia do Norte executou seis testes nucleares, o último deles o de um dispositivo 16 vezes mais potente que a bomba usadas pelos americanos contra a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.
(com AFP)