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Secretário de Estado dos EUA diz que ‘agora é hora’ de acabar com guerra em Gaza

Durante visita ao Oriente Médio, Antony Blinken afirmou que a morte de Yahya Sinwar representa oportunidade para cessar-fogo

Por Da Redação
23 out 2024, 10h12

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pressionou nesta quarta-feira, 23, pelo fim dos combates entre Israel e os grupos militantes Hamas e Hezbollah durante sua primeira viagem ao Oriente Médio após a morte do líder do grupo palestino, Yahya Sinwar, momento que ele descreveu como uma “real oportunidade” para um cessar-fogo.

Blinken disse que Israel já atingiu a maioria de seus objetivos em relação a Gaza, incluindo “desmantelar a capacidade militar do Hamas” e eliminar grande parte de sua liderança, por isso agora “o foco precisa ser levar os reféns para casa, acabar com esta guerra e ter um plano claro para o que se segue”.

“Agora é a hora de transformar esses sucessos em um sucesso estratégico duradouro”, declarou ele em um comunicado. 

Um estudo das Nações Unidas publicado na terça-feira indicou um encolhimento de 35% da economia dos territórios palestinos — ou seja, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia — desde o início da guerra, em outubro do ano passado. Além disso, o nível de pobreza se aproxima da marca de 100%, enquanto o de desemprego está em 80%. Estima-se que cerca de 1,8 milhão de pessoas em Gaza estejam em situação de fome extrema, das quais 133 mil enfrentam insegurança alimentar “catastrófica”.

Ao todo, quase 43 mil pessoas foram mortos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, data do ataque do Hamas a território israelense. Ao menos 3,3 milhões de palestinos, 2,3 milhões deles em Gaza e 1,5 milhão deles crianças, precisam de assistência humanitária urgente, de acordo com o levantamento da ONU. 

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+ Blinken retorna ao Oriente Médio para negociar trégua após morte de líder do Hamas

O chefe da diplomacia americana ainda afirmou que é preciso haver “planos claros e concretos” para o futuro da região, de forma que Gaza não seja controlada nem pelo Hamas, nem por Israel. 

Após se encontrar com autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Blinken viajou para a Arábia Saudita, potência regional e aliada próxima dos EUA, onde se encontrou com o ministro das Relações Exteriores, o príncipe Faisal bin Farhan. 

Ataques ao Líbano

A declaração de Blinken ocorre enquanto Israel lança ataques aéreos contra Tiro, cidade portuária histórica do Líbano. 

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Os bombardeios começaram cerca de três horas após Tel Aviv emitir uma ordem de retirada das áreas centrais da cidade tipicamente movimentadas. Dezenas de milhares de pessoas já fugiram de Tiro nas últimas semanas, com muitos libaneses temendo que seu país se torne uma nova Gaza com a intensificação dos ataques israelenses.

Após quase um mês de guerra entre Israel e o Hezbollah, pelo menos 1.489 pessoas morreram no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Além disso, mais de um milhão teriam sido deslocadas, e dezenas de milhares fugiram para a vizinha Síria.

Chance de paz

O assassinato de Sinwar na última quinta-feira 17, durante um ataque aéreo à Faixa de Gaza, pode abrir caminho para que um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns israelenses finalmente saia do papel. Ele era considerado um dos principais bloqueadores das tratativas e tinha pouco incentivo pessoal para negociar, visto que era o alvo número 1 de Israel.

Sua relutância em aprovar uma trégua permanente, segundo analistas, estava enraizada em um objetivo estratégico de transformar o conflito em uma guerra ampla e longa contra Tel Aviv, cercando o inimigo de várias frentes. É possível que os líderes restantes do Hamas no exterior, por exemplo (muitos deles mantém residência no Catar), estejam mais abertos à pressão dos países árabes para aceitar um acordo.

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Além disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, bem como sua coalizão ultrarreligiosa de extrema direita, também têm criado impasses nas negociações, priorizando derrotar o Hamas ao invés da libertação dos reféns israelenses. Agora, com o grupo palestino danificado até o topo, o momento oferece mais espaço, politicamente, para que o governo israelense mude um pouco o foco.

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