Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Blinken retorna ao Oriente Médio para negociar trégua após morte de líder do Hamas

Chefe da diplomacia dos EUA vai a Israel com foco em plano para pós-guerra; analistas veem assassinato de Yahya Sinwar como janela para aprovar cessar-fogo

Por Amanda Péchy 21 out 2024, 09h01

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, partirá para o Oriente Médio nesta segunda-feira, 21, sinal de que Washington aumenta a pressão pela retomada das negociações por um cessar-fogo entre Israel e Hamas para encerrar a guerra em Gaza. A viagem ocorre poucos dias após a morte do líder do grupo terrorista palestino, Yahya Sinwar, momento que analistas veem como janela de oportunidade para a aprovação de uma trégua.

A 11ª visita do chefe da diplomacia americana à região desde o início do conflito, em 7 outubro do ano passado, porém, acontece ao passo que Israel intensifica sua campanha militar tanto em Gaza e quanto no Líbano, onde seu alvo é a milícia xiita libanesa Hezbollah (aliada do Irã).

Plano para o pós-guerra

De acordo com o Departamento de Estado, Blinken discutirá com líderes do Oriente Médio a importância de encerrar a guerra em Gaza, possibilidades de cenários para o enclave palestino depois do fim do conflito, bem como como possíveis soluções diplomáticas para o conflito entre Israel e o Hezbollah. O governo americano, por enquanto, só comunicou que a turnê terá início em Israel, sem detalhar as próximas paradas.

“Por toda a região, o secretário Blinken discutirá a importância de pôr fim à guerra em Gaza, garantir a libertação de todos os reféns e aliviar o sofrimento do povo palestino”, disse o Departamento de Estado em comunicado. “Ele continuará as discussões sobre o planejamento do período pós-conflito (em Gaza) e enfatizará a necessidade de traçar um novo caminho que permita aos palestinos reconstruírem suas vidas”, acrescentou o texto.

Continua após a publicidade

O diplomata também ressaltará que alimentos, remédios e outras ajudas humanitárias adicionais devem ser entregues a civis em Gaza, segundo o Departamento de Estado.

Janela de oportunidade

O assassinato de Sinwar na última quinta-feira 17, durante um ataque aéreo à Faixa de Gaza, pode abrir caminho para que um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns israelenses finalmente saia do papel. Ele era considerado um dos principais bloqueadores das tratativas e tinha pouco incentivo pessoal para negociar, visto que era o alvo número 1 de Israel.

Sua relutância em aprovar uma trégua permanente, segundo analistas, estava enraizada em um objetivo estratégico de transformar o conflito em uma guerra ampla e longa contra Tel Aviv, cercando o inimigo de várias frentes. É possível que os líderes restantes do Hamas no exterior, por exemplo (muitos deles mantém residência no Catar), estejam mais abertos à pressão dos países árabes para aceitar um acordo.

Continua após a publicidade

+ Quem pode assumir liderança do Hamas após morte de Yahya Sinwar

Além disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, bem como sua coalizão ultrarreligiosa de extrema direita também têm criado impasses nas negociações, priorizando derrotar o Hamas ao invés da libertação dos reféns israelenses. Agora, com o grupo palestino danificado até o topo, o momento oferece mais espaço, politicamente, para que o governo israelense mude um pouco o foco.

Nada é garantido, contudo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sua vice (e aspirante à Casa Branca), Kamala Harris, e vários outros líderes do mundo ocidental disseram que a morte Sinwar, o grande arquiteto dos ataques terroristas de 7 de outubro contra Israel, era uma janela de oportunidade para pôr fim à guerra após 1 ano de combates. Mas Netanyahu já disse que o conflito não acabou.

Continua após a publicidade

O líder israelense, segundo analistas, pode preferir esperar o fim do mandato de Biden, que termina em janeiro, e se arriscar com o próximo presidente – seja Harris ou seu rival republicano, Donald Trump, com quem Netanyahu tem laços estreitos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

a partir de 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.