O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, adiou nesta sexta-feira, 3, uma viagem a Pequim depois que um balão de espionagem chinês foi detectado no espaço aéreo americano nesta semana.
Por enquanto, não há nova data para a viagem de Blinken a Pequim, segundo o jornal americano The New York Times.
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Pequim tentou diminuir as tensões com Washington, expressando seu pesar pelo incidente e dizendo que o balão era de uso civil, relacionado a pesquisas meteorológicas, e havia “desviado muito de seu curso planejado”.
A explicação do Ministério das Relações Exteriores da China veio depois que autoridades do Pentágono disseram na quinta-feira 1 que detectaram um balão, “certamente lançado pela República Popular da China”, sobre Montana, que abriga armas nucleares em cerca de 150 silos.
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Depois de inicialmente dizer em entrevista coletiva que precisava verificar as alegações sobre o balão, a chancelaria chinesa disse nesta sexta-feira que o curso do balão foi um erro inocente.
“O dirigível é da China. É um dirigível civil usado para fins de pesquisa, principalmente meteorológicos”, disse um porta-voz não identificado do ministério em comunicado em seu site. “Afetado pelos Westerlies e com capacidade limitada de autodireção, o dirigível se desviou muito de seu curso planejado. O lado chinês lamenta a entrada não intencional do dirigível no espaço aéreo dos Estados Unidos devido a force majeure.”
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Anteriormente, a mídia estatal chinesa havia usado o incidente para insultar os Estados Unidos.
“Se balões de outros países realmente podem entrar nos Estados Unidos sem problemas, ou até mesmo viajar pelos céus sobre certos estados, isso apenas prova que o sistema de defesa aérea do país é completamente decorativo e não é confiável”, publicou o Global Times, tabloide nacionalista apoiado por Pequim.