Seca na França: cidades relatam escassez de água potável
País está enfrentando o julho mais seco em 61 anos e há temores de que a falta de chuvas afete a produção agrícola, agravando crise alimentar global
![A sign reads 'Drought Alert. Water spayers out of service. Water restrictions'. France is again suffocating as another heatwave begins. Temperatures will hoover near heat records especially in the south. France is 4 to 10°C above normal temperatures for August. In July, rain was 88% less abundant than normal : France is experiencing its worst drought since rain records began in 1959. SW of France and Toulouse are enduring another round of scorching heat. It's the 4nd heatwave in France in 2022, one in the spring in May, and 3 during this summer (to date). Water restrictions are in place in all France, someplaces haven't drinking water and must be resupply with trucks. In Toulouse, water sprayers have to close due to water restrictions. Toulouse. August 4th 2022. (Photo by Alain Pitton/NurPhoto via Getty Images)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/GettyImages-1242296334.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A França está enfrentando uma seca histórica que deixou mais de 100 municípios com falta de água potável.
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O governo está enviando caminhões-pipa para levar água para algumas regiões, pois “não há mais nada nos canos”, disse à emissora britânica BBC o ministro da Transição Ecológica, Christophe Béchu.
Em julho, o país registrou apenas 9,7 mm de chuva, o mês mais seco desde março de 1961, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia. Especialistas estimam que as condições irão se prolongar pelas próximas duas semanas.
A onda de calor que assola o país está provocando temperaturas acima dos 42ºC em algumas regiões desde junho, e se espera um clima igualmente quente para agosto, com temperaturas de 4ºC a 10ºC acima da média.
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De acordo com a agência de notícias AFP, a crise climática forçou a empresa estadual de energia EDF a reduzir a produção em algumas usinas nucleares, pois as temperaturas do rio estão altas demais para fornecer resfriamento suficiente.
Há temores de que a seca afete o rendimento da atividade agrícola na França, exacerbando a crise alimentar causada pela guerra. O conflito reduziu as exportações da Ucrânia, um dos principais produtores de grãos do mundo.
Com a falta de água, a França proibiu a irrigação nas plantações do noroeste e sudeste do território. Segundo o Ministério da Agricultura, a colheita de milho, usada principalmente para ração animal, deve ser 18,5% menor este ano em comparação com 2021.
Os pecuaristas dos Alpes franceses estão tendo que descer pelos vales com caminhões todos os dias para coletar água para seus animais, o que eleva seus gastos com combustível e encarece os produtos, informou a emissora TF1.
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O canal de notícias francês BFMTV informou que o preço dos alimentos na Europa irão subir por conta das redução da produção e exportação de milho na França, Hungria, Romênia e Bulgária.