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Rússia vê traição em acordo entre EUA e Polônia e diz que reagirá

Anúncio da Casa Branca de enviar mais militares à Polônia gerou reação no Kremlin, que vê a ação como agressiva por parte de Trump

Por Da Redação
13 jun 2019, 17h50

O Kremlin afirmou nesta quinta-feira, 13, que os militares da Rússia estão acompanhando atentamente os planos dos Estados Unidos de intensificar as forças na Polônia e adotando medidas para que a segurança nacional russa não seja ameaçada pelo que Moscou vê como uma traição da confiança.

O anúncio vem após o presidente dos EUA, Donald Trump, prometer ao presidente polonês, Andrzej Duda, na quarta-feira, 12, que enviará mil soldados à Polônia, além de drones de vigilância, como medida para desestimular uma possível agressão russa ao país.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou não ficará passiva.”Os militares russos estão acompanhando estes anúncios muito atentamente, estão analisando as informações e fazendo o que é necessário para que tais medidas não ameacem de nenhuma maneira a segurança da Federação Russa.”

Já Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores, disse que a ação de Trump provavelmente reflete intenções “agressivas”, segundo citação da agência de notícias RIA.

As relações entre Estados Unidos e Rússia já não era das melhores, tanto que o presidente russo, Vladimir Putin, disse em uma entrevista recente que o relacionamento entre Moscou e Washington está ficando cada vez pior, e a promessa de Trump à Duda certamente azedará ainda mais o tom das conversas entre as potências antes da cúpula do G20 no Japão neste mês, na qual os dois presidentes podem se encontrar.

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A chancelaria russa disse ver a mobilização dos EUA como uma traição da confiança estabelecida pelo acordo que a Rússia fechou com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 1997 — segundo o qual, afirma, esta concordou em não enviar forças militares significativas de forma permanente ao território de novos países-membros. “A estrutura do quartel-general que será montado na Polônia durante este reforço proporcionará um potencial muito maior. Vemos nisto sinais de preparação para mobilizações de larga escala adicionais”, disse a chancelaria.

Militares americanos na Polônia

O presidente polonês Andrzej Duda, preocupado com os antecedentes da Rússia e sua apropriação de territórios na Geórgia e Ucrânia durante a última década, tem tentado angariar o apoio de Trump através da OTAN oferecendo o território para o aumento da presença de milhares de militares americanos na região.

Na quarta-feira, 12, em anúncio conjunto, o presidente americano disse que planeja enviar cerca de mil tropas para se somarem aos militares já estabelecidos na região e investir em uma ampla rede de infraestrutura militar, incluindo centros de treinamento de combate conjunto e um quartel-general divisional.

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A Força Aérea dos EUA também enviará um esquadrão de drones MQ-9 Reaper de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento.

(Com Reuters)

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