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Trump anuncia envio de mil soldados à Polônia

Segundo o anúncio do presidente americano, militares defenderiam o país europeu de "ameaça russa"; governo polonês esperava receber mais apoio

Por Da Redação
13 jun 2019, 13h41

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira 12 o envio de mais de mil soldados à Polônia para enfrentar a “ameaça russa.”

O reforço não atende à ambição polonesa de ter uma grande presença de tropas americanas em seu território. No momento, cerca de 5.000 soldados dos Estados Unidos já estão estacionados na nação europeia, como parte da atuação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A Otan, da qual os dois países são parte, é uma aliança militar intergovernamental baseada no Tratado do Atlântico Norte, assinado pelos 29 membros em 4 de abril de 1949. A organização constitui um sistema de defesa coletiva em que seus estados concordam com a defesa mútua em resposta a qualquer ataque por entidades externas à organização.

O presidente polonês Andrzej Duda, preocupado com os antecedentes da Rússia e sua apropriação de territórios na Geórgia e Ucrânia durante a última década, tem tentado seduzir Trump com a ideia de uma base militar que possa abrigar milhares de soldados, se apoiando nos objetivos fundamentais da aliança.

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Na tarde de quarta, o líder americano havia antecipado o envio de 2.000 soldados à Polônia, o que tornou o anúncio oficial uma ducha de água fria para Duda. Trump corrigiu o número de militares destacados em uma entrevista ao lado do presidente polonês na Casa Branca.

Ao ser questionado sobre quantos soldados realmente gostaria de receber, Duda foi diplomático, dizendo apenas que “sempre depende dos Estados Unidos”. O republicano também comentou o assunto, brincando que o colega “gostaria de 250 mil soldados.”

Críticas contra Alemanha

Trump destacou que a Polônia reforçou sua defesa com a encomenda de mais 30 caças F-35 dos Estados Unidos e ainda criticou outro membro da Otan, a Alemanha, por ser “refém” de Moscou na questão energética, em referência ao novo gasoduto russo-alemão Nord Stream 2, que transportará gás russo para a União Europeia.

A obra acabou sendo aceita pelo bloco mesmo depois de forte oposição da França. “Realmente torna a Alemanha um refém da Rússia”, avaliou o americano, sugerindo que analisa aplicar sanções para evitar o funcionamento da passagem. “Acredito que a Alemanha está cometendo um tremendo erro ao confiar tanto em um gasoduto.”

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O secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, comemorou o anúncio de tropas adicionais na Polônia e escreveu, em sua conta no Twitter, que a decisão mostra “o forte compromisso dos Estados Unidos com a segurança europeia.”

Situada na Europa oriental, na antiga área de influência soviética, a Polônia deseja um vínculo mais estreito com os Estados Unidos. Seus planos de uma grande base militar dos Estados Unidos muito próxima da fronteira russa poderia irritar o Kremlin e gerar uma resposta do governo de Vladimir Putin.

Entre as possíveis represálias estão a maior presença militar em Kaliningrado, na região de fronteira com a Polônia, ou a instalação de uma base russa na Belarus, aliado de Moscou.

 

(com AFP)

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