O vice-governador russo da região de Kherson, na Ucrânia, anunciou nesta sexta-feira, 4, que um toque de recolher de 24 horas foi imposto na cidade.
Kirill Stremousov, em uma mensagem de vídeo postada no Telegram, disse que o toque de recolher era necessário “para defender nossa cidade de Kherson” do que ele chamou de “ataques terroristas”. Ele repetiu pedidos anteriores para que civis deixassem a área, dizendo que colunas de veículos ucranianos foram vistas em áreas da linha de frente e que um ataque era iminente.
A Rússia declarou que havia anexado a região em setembro, tornando-a a maior cidade ucraniana sob controle de Moscou. Em resposta, as forças ucranianas têm tentado retomar o controle da área.
Também nesta sexta, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que “ações mais perigosas” estão acontecendo em Kherson, e pediu que as pessoas deixassem a cidade. Esta é a primeira vez que o Kremlin reconhece uma ameaça a um território que afirma ter anexado.
“Aqueles que vivem em Kherson devem ser removidos da zona das ações mais perigosas, porque a população civil não deve sofrer”, disse Putin ao comemorar o Dia da Unidade Nacional da Rússia, em programa da televisão estatal RIA.
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A região de Kherson é estrategicamente crucial, pois é passagem tanto para o acesso terrestre quanto grande parte do abastecimento de água à Crimeia, que a Rússia anexou em 2014. Moscou controla a região desde o começo da invasão da Ucrânia, em fevereiro, e declarou que havia anexado a região em setembro, tornando-a a maior cidade ucraniana sob controle russo.
No entanto, as forças ucranianas têm seguido uma contra-ofensiva desde agosto, expulsando o exército russo de grande parte do norte da região em setembro.