A Rússia anunciou nesta quinta-feira, 14, a expulsão de dois diplomatas dos Estados Unidos acusados de trabalhar com um suposto espião russo, por sua vez acusado de colaborar com um Estado estrangeiro. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que o primeiro secretário da embaixada americana em Moscou, Jeffrey Sillin, e o segundo secretário, David Bernstein, deveriam deixar a Rússia dentro de sete dias.
“As pessoas citadas conduziram atividades ilegais, mantendo contato com o cidadão russo R. Shonov, acusado de ‘cooperação confidencial’ com um Estado estrangeiro”, disse a pasta.
O homem citado na declaração é Robert Shonov, um russo que trabalhou no Consulado Geral dos EUA na cidade de Vladivostok, no leste da Rússia, durante mais de 25 anos. Em 2021, todo os funcionários locais que trabalhavam na missão dos EUA foram demitidos por ordens de Moscou.
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A mídia estatal russa informou que Shonov havia sido acusado pelos serviços de segurança de coletar informações sobre a guerra na Ucrânia e outras questões para Washington. De acordo com serviço de segurança russo, o FSB, ele teria transmitido informações à equipe da embaixada dos EUA em Moscou sobre como a campanha de recrutamento da Rússia estava impactando o descontentamento político antes das eleições presidenciais de 2024 no país.
O FSB disse que planejava interrogar funcionários da embaixada dos EUA que estavam em contato com Shonov, que está preso desde maio. Em agosto, os EUA acusaram a Rússia de intimidar e assediar funcionários americanos.
Em resposta, a Chancelaria russa afirmou que Shonov foi pago para completar tarefas destinadas a prejudicar a segurança nacional russa. Moscou também alertou que qualquer interferência da embaixada dos EUA em seus assuntos internos seria suprimida.