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Rússia destrói maior usina elétrica de Kiev com ataques aéreos

Termelétrica a carvão Trypilska foi engolida por chamas; salva de mais de 80 mísseis danificou infraestrutura de eletricidade em diversas regiões da Ucrânia

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h23 - Publicado em 11 abr 2024, 09h15
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  • Com uma salva de mísseis e drones, a Rússia conseguiu destruir completamente, nesta quinta-feira, 11, a maior usina elétrica da capital ucraniana, Kiev. O ataque aumentou a pressão sobre o sistema energético do país, que precisa recorrer a apagões estratégicos para poupar eletricidade. Depois da investida, que atingiu várias outras infraestruturas essenciais na Ucrânia, lideranças renovaram seus pedidos a aliados do Ocidente por mais defesas aéreas.

    O comandante da Força Aérea da Ucrânia disse que as defesas conseguiram derrubar 18 dos mísseis e mais 39 drones. O ataque usou 82 mísseis e drones no total, segundo os militares.

    Usina destruída

    A termelétrica a carvão Trypilska, perto da capital, ficou completamente destruída. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o incêndio que engoliu a grande instalação da era soviética e fumaça preta subindo pelos céus.

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    A central era importante fornecedor de energia para as regiões de Kiev, Cherkasy e Zhytomyr. Também era a terceira e última instalação de propriedade da empresa estatal de energia Centrenergo. “Tudo está destruído”, disse Andriy Gota, chefe do conselho fiscal da empresa, à agência de notícias Reuters.

    Infraestrutura energética na mira

    Também nesta quinta-feira, a estatal Ukrenergo, operadora de sistema de transmissão de eletricidade na Ucrânia, disse que suas subestações e instalações de geração de energia foram danificadas pelos ataques nas regiões de Odessa, Kharkiv, Zaporizhzhia, Lviv e Kiev.

    Enquanto isso, a maior empresa privada de eletricidade da Ucrânia, DTEK – que perdeu 80% da sua capacidade de geração de eletricidade devido a ataques russos em 22 e 29 de março –, informou que duas das suas centrais elétricas foram atingidas nesta quinta-feira, causando graves danos.

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    Os ataques também danificaram parcialmente duas instalações de armazenamento subterrâneo de gás natural, incluindo algumas de propriedade de companhias estrangeiras, segundo a empresa de energia Naftogaz. O assessor presidencial Oleksiy Kuleba disse que a região de Kharkiv, que faz fronteira com a Rússia e já sofre apagões há muito tempo, foi forçada a cortar a eletricidade para 200 mil pessoas.

    Defesas aéreas

    A Ucrânia alertou que pode ficar sem munições de defesa aérea se a Rússia mantiver a intensidade dos seus ataques e afirmou que já está precisando fazer escolhas difíceis sobre quais locais do país defender. A assistência vital do Ocidente desacelerou nos últimos meses, especialmente porque um importante pacote dos Estados Unidos foi bloqueado por membros do Partido Republicano no Congresso.

    “Precisamos de defesa aérea e de outros apoios de defesa, e não de fechar os olhos e de longas discussões”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em comunicado no aplicativo de mensagens Telegram.

    “A situação na Ucrânia é terrível; não há momento a perder”, ecoou a embaixadora dos Estados Unidos em Kiev, Bridget Brink, acrescentando que 10 mísseis atingiram infraestruturas críticas na área de Kharkiv.

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