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Rússia cita ‘consequências fatais’ se Kiev fizer ataques com armas dos EUA

Casa Branca permitiu que Ucrânia use armas americanas para atingir alvos russos em Kharkiv; Moscou alerta para risco de conflito global mais amplo

Por Da Redação
Atualizado em 3 jun 2024, 14h55 - Publicado em 3 jun 2024, 11h40
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  • O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, ameaçou os Estados Unidos nesta segunda-feira, 3, de enfrentarem “consequências fatais” caso permitam que a Ucrânia utilize armas fornecidas por Washington para realizar ataques contra o território russo. 

    A fala de Ryabkov é uma resposta à decisão do presidente americano, Joe Biden, na semana passada, de flexibilizar algumas restrições relacionadas ao uso de armamentos dos Estados Unidos pela Ucrânia contra a Rússia. O chefe da Casa Branca anunciou que passaria a permitir ataque contra quaisquer alvos envolvidos na ofensiva em Kharkiv, cidade no nordeste ucraniano, mesmo que estejam dentro do território russo. 

    “Gostaria de alertar os líderes americanos contra erros de cálculo que poderiam ter consequências fatais. Por razões desconhecidas, eles subestimam a seriedade da rejeição que podem receber”, disse Ryabkov.

    O presidente russo, Vladimir Putin, já havia alertado na semana passada para o risco de um conflito global mais profundo, afirmando que qualquer país do Ocidente que permitisse o uso de suas armas para atacar os rincões da Rússia estaria se envolvendo diretamente no conflito.   

    Putin fez “um aviso muito significativo e deve ser levado com a maior seriedade”, acrescentou Ryabkov. “Peço a estas figuras (nos Estados Unidos) para gastarem parte do seu tempo, que aparentemente gastam em algum tipo de videogame a julgar pela leveza de sua abordagem, no estudo detalhado do que foi dito por Putin”.

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    As agências de notícias russas citaram a fala de Ryabkov para afirmar que as tentativas de Kiev de atacar os sistemas de alerta precoce da Rússia – radares que detectam se o país está sob ataque nuclear – não seriam bem-sucedidas e poderiam acarretar uma resposta “severa”.

    Defesa ucraniana

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste final de semana que a defesa de seu país está sendo “seriamente limitada” devido às restrições relacionadas ao uso de armas ocidentais contra a Rússia. 

    Apesar dos Estados Unidos terem liberado o emprego de seus sistemas de foguetes Himars para a defesa ucraniana na região de Kharkiv, Zelensky alegou que isso não seria o suficiente para proteger o país dos ataques russos.

    Na semana retrasada, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, defendeu o direito da Ucrânia à autodefesa e ao uso de armas doadas, inclusive em território russo. Mas reafirmou que o apoio da aliança militar ocidental ao país em guerra não a torna uma parte ativa da guerra. 

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