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Rússia chama EUA para negociar, mas diz que Ucrânia precisa estar na pauta

Porta-voz do Kremlin afirmou haver necessidade de diálogo sobre segurança com a Casa Branca e volta a dizer que americanos se envolveram na guerra

Por Da Redação
Atualizado em 21 jun 2024, 10h52 - Publicado em 21 jun 2024, 10h43
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  • O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta sexta-feira, 21, que a Rússia vê necessidade urgente de negociações de segurança com os Estados Unidos, mas enfatizou que o diálogo precisa ser “abrangente” e incluir o tema da guerra na Ucrânia.

    “É impossível eliminar quaisquer segmentos individuais do complexo geral de problemas acumulados, e não faremos isso”, disse Peskov, ao ser questionado em coletiva de imprensa se Moscou estava pronta para conversar com Washington sobre ameaças nucleares.

    “Estamos abertos ao diálogo, mas a um diálogo amplo e abrangente que cubra todas as dimensões, incluindo a dimensão atual relacionada com o conflito em torno da Ucrânia, relacionada com o envolvimento direto dos Estados Unidos neste conflito”, declarou ele a repórteres.

    Divergências

    Os Estados Unidos rejeitam a acusação da Rússia de que, por doar armas à Ucrânia, acabou se tornando um protagonista na guerra, com objetivo de infligir uma “derrota estratégica” a Moscou. Para Washington, quaisquer negociações sobre o conflito deveria ser um assunto da Ucrânia.

    A posição russa, tal como delineada por Peskov, não é nova. Mas ele afirmou na coletiva de imprensa que a lista de temas que a Rússia e os Estados Unidos precisam discutir está crescendo.

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    “No geral, esse diálogo é muito necessário”, disse o porta-voz do Kremlin. “É necessário, porque os problemas estão se acumulando e há muitos problemas associados à arquitetura de segurança global”, completou.

    Do ponto de vista da Casa Branca, é o presidente russo, Vladimir Putin, quem faz aumentar a lista de preocupações globais com segurança.

    Nesta semana, o líder da Rússia visitou a Coreia do Norte, uma das poucas nações que possui armas nucleares, onde assinou um acordo de defesa mútua com Kim Jong-un e disse que poderia fornecer armas russas a Pyongyang em resposta às doações de equipamentos militares por parte do Ocidente à Ucrânia.

    Na quinta-feira 20, Putin também reiterou que estava considerando reavaliar a doutrina da Rússia sobre o uso de armas nucleares. O tratado que limita o número de ogivas estratégicas que a Rússia e os Estados Unidos podem acumular expira em 2026.

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