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Rússia afirma que abriu um corredor terrestre para a Crimeia

Criar uma passagem para a Crimeia, anexada por Moscou em 2014, era um dos objetivos do Kremlin e coloca em risco o controle do território pela Ucrânia

Por Da Redação
7 jun 2022, 16h21

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta terça-feira, 7, que abriu um corredor terrestre para a Crimeia por meio do território ucraniano ocupado pelo Exército russo, permitindo o trânsito de civis e mercadorias.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou em uma teleconferência que os militares, trabalhando com a Russian Railways, restauraram 1.200 quilômetros de trilhos de trem e abriram estradas para permitir “tráfego completo” entre a Rússia, a região de Donbas no leste da Ucrânia e a Crimeia, península anexada por separatistas pró-Rússia em 2014.

Shoigu também disse que o fornecimento de água através do Canal da Crimeia do Norte – uma conquista enorme para a Crimeia – também foi retomado.

O ministro da Defesa informou que o corredor terrestre permitiu que a Rússia começasse a entregar mercadorias para Mariupol, Berdiansk e Kherson, cidades portuárias do sudeste da Ucrânia que foram tomadas pela Rússia desde a invasão em 24 de fevereiro.

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Shoigu alegou que os portos de Mariupol e Berdiansk estavam operando normalmente e estavam prontos para exportar grãos. A comunidade internacional tem condenado a Rússia pelo bloqueio aos principais portos da Ucrânia, que deixou milhões de toneladas de grãos presos no país.

“Conforme instruído pelo Comandante Supremo (o presidente russo Vladimir Putin), estamos prontos para embarcar grãos nos portos”, disse Shoigu.

+ Rússia revela objetivo de controlar tanto Donbas quanto o sul da Ucrânia

O comunicado ocorre enquanto a Ucrânia luta para manter território na região de Donbas. Seus militares enfrentam a difícil escolha de se retirar da linha de frente para preservar a vida dos soldados, mesmo que isso signifique uma luta mais brutal para recuperar a região posteriormente.

Segundo o governo ucraniano, mais de 40.000 civis foram mortos ou feridos na guerra, e cerca de três milhões agora vivem sob ocupação russa. O presidente Volodymyr Zelensky disse que Sievierodonetsk e Lysychansk hoje são “cidades mortas” e que se as forças ucranianas não se retirarem, correm o risco de serem sitiadas, como os combatentes de Mariupol.

No entanto, com o controle de Sievierodonetsk, Moscou ganharia toda a região de Luhansk, que faz parte de Donbas. O objetivo declarado do Kremlin é justamente conquistar toda essa área industrial e manter o corredor com a Crimeia.

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Zelensky prometeu que a Ucrânia lutará para recuperar todo o seu território, inclusive em Donbas e na Crimeia. Na segunda-feira 6, ele disse que se a Rússia controlar Donbas, poderá lançar “ataques constantes de mísseis no centro da Ucrânia”.

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