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Resposta dos EUA a exigências deixa pouco espaço para otimismo, diz Rússia

Chanceler russo destacou presença de elementos que podem levar ao 'início de uma conversa séria', mas enfatizou que documento não aborda principal demanda

Por Da Redação 27 jan 2022, 09h23
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  • Um porta-voz do Kremlin afirmou nesta quinta-feira, 27, que a rejeição dos Estados Unidos às exigências russas na crise com a Ucrânia deixa pouco espaço para otimismo, embora tenha acrescentado que um diálogo ainda é possível.

    “Não há muitos motivos para otimismo”, afirmou Dmitri Peskov a repórteres. “Todos esses papéis estão com o presidente. Claro que será necessário algum tempo para analisá-los, não vamos nos apressar para tirar conclusões”, acrescentou.

    Segundo o porta-voz, Vladimir Putin analisará as respostas escritas apresentadas pelo governo americano e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, antes de decidir os próximos passos. 

    O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, destacou que a resposta americana possui alguns elementos que podem levar ao “início de uma conversa séria sobre assuntos secundários”, mas enfatizou que “o documento não contém respostas positivas sobre a principal questão”.

    O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A Otan, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira com a Ucrânia para preparar um ataque.

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    Os Estados Unidos ameaçam a Rússia, prometendo uma “forte resposta” caso o exército russo invada a Ucrânia. Moscou, do outro lado, negou planos de invadir o país vizinho, mas há intensa movimentação militar na região.

    Respostas

    Na quarta-feira, os EUA e a Otan enviaram a Moscou uma série de respostas sobre a situação na Ucrânia, resultado de um reiterado pedido russo. Desde o ano passado, Moscou exigia que americanos e europeus entregassem por escrito respostas às suas demanda, entre elas a promessa de que a Ucrânia jamais fará parte da aliança militar.

    O anúncio do documento foi feito pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, que, no entanto, ainda não divulgou o conteúdo do documento.

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    Segundo Blinken, a resposta americana “define um caminho diplomático sério, caso a Rússia o escolha”. O secretário disse ainda que espera ter uma nova rodada de conversas com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nos próximos dias.

    “O documento inclui preocupações dos Estados Unidos e nossos aliados sobre as ações da Rússia que prejudicam a segurança, uma avaliação pragmática e baseada em princípios das preocupações que a Rússia levantou e nossas propostas para áreas onde podemos ser capazes de encontrar um terreno comum”, disse.

    Ainda não está claro se o novo canal diplomático mudará o curso das negociações entre a Rússia e o Ocidente.

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    Os Estados Unidos vêm repetindo que a exigência central do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Ucrânia jamais seja admitida na aliança militar é absurda.

    Embora Blinken tenha se recusado a detalhar os detalhes apresentados a Moscou, ele disse que a resposta americana reitera a “política de portas abertas da Otan”, rejeitando as exigências do Kremlin.

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