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Reconstrução econômica de Gaza iria até 2092, mostra estudo da ONU

Processo de quase sete décadas custaria valores superiores a US$ 3,9 bilhões

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 15h59 - Publicado em 31 jan 2024, 16h13
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  • Um novo estudo publicado nesta quarta-feira, 31, pela Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) revelou a dimensão da destruição econômica na Faixa de Gaza. Estima-se que, caso a operação militar israelense terminasse imediatamente, a reconstrução de Gaza, com os níveis do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, só terminaria em 2092. O processo de quase sete décadas custaria valores superiores a US$ 3,9 bilhões, montante utilizado na restauração do enclave palestino após a operação militar de 2014.

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    Segundo o órgão das Nações Unidas, Gaza é um quadro assustador com regiões praticamente inabitáveis. A partir da análise de imagens de satélite e dados oficiais, a UNCTAD constatou que a economia de Gaza já tinha contraído cerca de 4,5% nos três primeiros trimestres do ano passado. Com o início da invasão israelense, o PIB recuou em 24%.

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    Entre os anos de 2007 a 2022, a taxa média de crescimento na região foi de inexpressivos 0,4%. No cenário habitual, as taxas permaneceriam as mesmas dos últimos 15 anos, sem prognósticos de melhora. Mas, com a eclosão do conflito, em 7 de outubro, os índices tornaram-se ainda mais preocupantes: dados coletados em dezembro indicam que o desemprego alcançou 79,3% e que 37.379 prédios, o equivalente a 18% dos edifícios, foram danificados ou destruídos pelas operações de Tel Aviv.

    Além disso, o documento alerta que a população, de maioria crianças, está sem acesso à água, saneamento básico, saúde e educação. A informação foi reforçada pelo Comitê Permanente Interagências (Iasc), que alertou milhares de pessoas estão à beira da fome e desabrigadas.

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    Escalada de conflitos

    Na última atualização, o Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas informou que “intensos combates” atingem a região de Khan Younis, no sul de Gaza, onde estão localizados os hospitais Nasser e Al Amal. Como consequência, milhares de moradores estão fugindo em direção à superpovoada cidade de Rafah. Levantamentos da ONU estimam 1,9 milhões de deslocados devido aos bombardeios de Israel e os confrontos com militantes do Hamas.

    A oeste de Gaza, mais de cinco campos de refugiados receberam alertas para que batam em retirada para fugir dos violentos embates. Segundo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), “a nova ordem cobre uma área de 12,4 quilômetros quadrados”. Antes do início do conflito, cerca de 300 mil pessoas viviam na região.

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