Rebeldes da Síria iniciam retirada do sul de Damasco após rendição
O enclave era uma das únicas áreas sitiadas ainda em mãos dos rebeldes; agora eles se concentram no noroeste e do sudoeste do país
Rebeldes da Síria começaram a se retirar de um enclave ao sul de Damasco nesta quinta-feira (3), depois de cederem o comando da região às forças do governo. Em outra área sitiada, próxima à cidade de Homs, parte dos combatentes continuou a usar sua artilharia contra as tropas do presidente Bashar Assad, mesmo depois de seus líderes terem concordado em partir na quarta-feira.
Os enclaves no sul de Damasco e perto de Homs eram as duas únicas áreas sitiadas ainda em mãos dos rebeldes, mas os insurgentes controlam grandes porções do noroeste e do sudoeste da Síria. Eles mantêm-se principalmente ao longo das fronteiras internacionais, que não estão cercadas pelo Exército.
O presidente sírio está se concentrando em desalojar os insurgentes de seus últimos bolsões sitiados desde que os expulsou de Ghuta Oriental, no mês passado, após uma ofensiva feroz.
A televisão estatal síria mostrou imagens de ônibus chegando a Beit Sahm, bairro ao sul de Damasco, e atravessando ruas estreitas cercadas por soldados e com edifícios de concreto mostrando marcas da guerra. Mais tarde, a mídia estatal noticiou a saída da primeira leva de ônibus que transportavam combatentes e suas famílias para fora da área.
Cerca de 5.000 combatentes e familiares devem deixar os bairros de Beit Sahm, Babila e Yalda rumo às áreas da oposição no norte da Síria, relatou. O mesmo caminho foi feito por um grupo anterior que partiu do enclave na segunda-feira.
Combatentes do Estado Islâmico que controlam outra parte do mesmo enclave continuam lutando, depois de semanas de bombardeio intenso na área de Al-Hajar al-Aswad e do campo de refugiados palestinos de Yarmouk.
Na quarta-feira, insurgentes da maior das áreas sitiadas remanescentes, localizada entre as cidades de Hama e Homs nos arredores das cidades de Rastan, Talbiseh e Houla, também concordaram em se render. Mas um pequeno número deles rejeitou o acordo e atacou áreas do governo com artilharia no início desta quinta-feira, disse o grupo de monitoramento Observatório Sírio de Direitos Humanos e duas fontes locais.
(Com Reuters)