A agência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) publicou nesta quarta-feira, 10, o rascunho do documento final da COP26. Depois de dez dias de negociações em Glasgow, o texto pede aos quase 200 países participantes que revisem suas metas de redução de emissões até o final de 2022, três anos antes do que o previsto.
O rascunho ainda deve ser trabalhado pelos representantes das nações participantes da conferência nos próximos dias e acatado por todos. A COP será encerrada no próximo final de semana.
A versão atual do texto ressalta que limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme estabelecido pelo Acordo de Paris, “requer uma ação significativa e eficaz de todas as partes nesta década crítica”. A próxima revisão das metas está agendada para 2025, mas o objetivo dos organizadores da conferência é adiantar o prazo para obter resultados mais contundentes.
O projeto ressalta que “reduções rápidas, profundas e sustentadas das emissões globais de gases de efeito estufa” são necessárias para evitar os piores impactos do aquecimento.
Segundo a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC), as atualizações das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países para a COP26 ainda estão aquém do necessário. Mesmo com as novas metas estabelecidas nos últimos meses, ainda haverá um aumento de cerca de 13,7% nas emissões de gases de efeito estufa em 2030 na comparação com 2010. A meta estipulada era cortar em 50% as emissões até o fim da década.
O presidente da COP, Alok Sharma, disse na terça-feira 9 que os negociadores têm uma “montanha a escalar” para chegar a um acordo suficiente para enfrentar essas ameaças ambientais.
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