Quando Zohre Esmaeli tinha 9 anos, o grupo extremista Talibã tomou o poder de Cabul, no Afeganistão, e colocou a sobrevivência de sua família em risco. Seu pai, muçulmano xiita, temia ser morto a qualquer momento por fazer parte de uma linha oposta da religião. Proibida de frequentar a escola e sair sozinha, a menina afegã não imaginava que, em 2017, seria o rosto do governo da Alemanha em uma campanha institucional para divulgar a imagem do país para o resto do mundo, posto já ocupado por Claudia Schiffer.
“Aos 13 anos, em 1999, ouvi que deixaríamos o Afeganistão, junto de outros seis familiares. Vendemos tudo para pagar aos contrabandistas russos que nos levariam à Europa, onde um irmão vivia”, relatou Zohre, hoje com 32 anos. Depois de uma trajetória de seis meses, a afegã se viu como refugiada na Alemanha, onde precisou lidar com o preconceito e enfrentar a resistência de seus pais à nova cultura. Na adolescência, descoberta pela representante de uma agência de modelos, Zohre fugiu de casa para perseguir a carreira nas passarelas de Paris, Milão e Nova York. “Depois de deixar Cabul para ter uma nova vida, em uma sociedade segura, eu estava trocando a família pela liberdade”, relatou. Em depoimento a VEJA, a modelo de sucesso conta como encontrou chance de futuro no território alemão, que serve de inspiração a outros refugiados.
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