Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Quatro autoridades do Paraguai renunciam por acordo sobre Itaipu

Firmado em maio, acerto sobre preço da energia que cabe aos paraguaios e é vendida ao Brasil acaba anulado por Assunção

Por Da Redação
29 jul 2019, 17h54
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O chanceler do Paraguai, Luis Castiglioni, e outras três autoridades pediram demissão ao presidente Mario Abdo Benítez como meio de apaziguar a crise política decorrente do mais recente acordo com o Brasil sobre a energia gerada na hidrelétrica de Itaipu. O acerto foi considerado desvantajoso pela maioria do Congresso paraguaio, que aprovou a anulação de seus termos. Abdo ratificou a decisão.

    “O presidente aceitou a renúncia do chanceler Luis Castiglioni, do embaixador paraguaio no Brasil, Hugo Saguier Caballero, do presidente da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), Alcides Jiménez, e do diretor paraguaio de Itaipú, Alberto Alderete”, anunciou nesta segunda-feira o porta-voz Hernán Hutteman.

    A renúncia ocorre “após a decisão do Poder Executivo de solicitar a anulação da ata bilateral assinada (com o Brasil) em maio, a respeito das condições de contratação de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu”. O acordo volta a ser renegociado, no nível técnico, informa comunicado oficial da Presidência paraguaia.

    A oposição acusou o governo de ter negociado em segredo e de forma desvantajosa para o país a assinatura do acordo relacionado à compra de energia da hidroelétrica binacional. O acerto foi chamado de “entreguista” pelos setores de oposição. As distribuidoras Ande (Paraguai) e Eletrobras (Brasil) negociam anualmente os termos de contratação da energia elétrica procedente de Itaipu. Desde o início das operações da hidrelétrica, na década de 1970, a Eletrobras adquire a parcela de energia que cabe ao Paraguai e que não tem utilização nesse país.

    Esta não é a primeira crise em torno dos acordos de compra e venda de energia. Mas, desta vez, a renúncia do então presidente da Ande, Pedro Ferreira, que discordou dos termos da ata, datada de maio, foi o estopim da mais nova rusga entre Brasil e Paraguai.  A oposição pediu a saída de Castiglioni e dos demais funcionários após alertar que Abdo poderia ser submetido a um julgamento político.

    Continua após a publicidade

    “Por ética e responsabilidade política, coloquei meu cargo à disposição do presidente Mario Abdo. Lamento que a tergiversação tenha levado a este estado de crispação. Todo o acordo foi transparente e em benefício do país”, disse Castiglioni no Twitter.

    Na noite de domingo, Castiglioni anunciou em entrevista coletiva que o governo decidiu pedir a anulação da ata para solucionar a crise política. Ele disse que o documento acordado com o Brasil “foi alvo de uma enorme desinformação e manipulação política, pelos interesses criados em diversas partes da oposição”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.