O premier russo, Vladimir Putin, encaminha-se para uma vitória nas presidenciais deste domingo, nas quais obteve 63,42% dos votos, segundo os primeiros resultados, baseados na apuração dos votos de 30% das seções eleitorais.
O líder comunista, Gennady Zyuganov, o seguia, com 17,25% dos votos, e o magnata Mikhail Prokhorov estava em terceiro, com 7,29%. O populista Vladimir Zhirinovsky tinha 7,19%, e o ex-presidente da Câmara alta, Sergei Mironov, 3,72%.
Em comício pós-eleitoral que atraiu dezenas de milhares de simpatizantes junto aos muros do Kremlin, em Moscou, Putin declarou vitória após uma disputa limpa pela Presidência.
“Nós vencemos uma batalha aberta e honesta”, disse Putin, com lágrimas nos olhos e voz embargada, ao lado do presidente em fim de mandato, Dmitri Medvedev. “Eu prometi que venceríamos e nós vencemos. Glória à Rússia!”, acrescentou.
“Nós mostramos que nosso povo pode facilmente distinguir entre o desejo de novidade e renovação de provocações políticas que têm um único objetivo em mente: dividir o Estado russo e usurpar o poder”, afirmou Putin.
Primeiro-ministro desde 2008, Putin deixou o Kremlin esse ano por não poder aspirar a um terceiro mandato como chefe de Estado, cargo que ocupou de 2000 a 2008, por impedimento constitucional.
Ele impulsionou, então, a candidatura de seu afilhado político, Dimitri Medvedev, à Presidência e este deixou voluntariamente a cena política em setembro do ano passado, abrindo espaço para seu mentor frente às presidenciais.
Uma reforma constitucional elevou de quatro para seis os anos do mandato presidencial. Putin poderia, ainda, se apresentar para a eleição de 2018 e se manter no poder, teoricamente, até 2024.