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Putin é alvo de críticas após inundação devastadora atingir cidades russas

Cheia ocasionou rompimento de uma barragem na cidade de Orsk, fronteiriça com o Cazaquistão; 4 mil pessoas foram retiradas de suas casas

Por Da Redação
Atualizado em 8 abr 2024, 22h39 - Publicado em 8 abr 2024, 14h49

Ao menos 100 moradores de Orsk, na Rússia, exigiram nesta segunda-feira, 8, que o presidente Vladimir Putin ofereça ajuda após enchentes devastadoras provocadas pelo transbordamento do rio Ural, o terceiro maior da Europa, atingirem a cidade na semana passada. A cheia também ocasionou o rompimento de uma barragem na cidade que faz fronteira com o Cazaquistão. Mais de 4 mil pessoas, dos 230 mil residentes, foram retiradas de suas casas.

Em frente ao prédio da administração de Orsk, moradores gritavam “que vergonha” e pediam ajuda do presidente, reflexo da insatisfação local com a compensação oferecida por autoridades para a reconstrução de propriedades destruídas. Eles também questionam a falha da barragem e a consequente falta de proteção para os civis.

Foi aberto um processo criminal por negligência e violação das regras de segurança na construção do dique. O Ministério Público indicou que a Câmara Municipal foi notificada em em março por suspeitas de violação da lei de proteção civil contra catástrofes. Além disso, autoridades investigam a causa das inundações. Acredita-se que o incidente tenha sido provocado por uma perigosa combinação: aumento de temperatura, fortes chuvas e quebra do gelo dos rios.

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Panorama de destruição

Outra parte da barragem ruiu nesta segunda-feira, informou a agência de notícias russa TASS. Estima-se que mais de 10 mil casas tenham sido afetadas, especialmente aquelas situadas entre os Montes Urais, Sibéria e o rio Volga.

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O Ministério de Emergência da Rússia previu um aumento ainda maior das águas do Ural nesta segunda-feira, com potencial de atingir a cidade de Oremburgo, lar de meio milhão de pessoas. O pico será alcançado nesta quarta-feira, 10. Outros rios, como Ishim e Tobol, também registrarão cheias. Como consequência, a região de Tyumen, produtora de petróleo, declarou estado de emergência.

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Resposta do governo

Frente ao caos instaurado pelo rompimento, o ministro de Emergências, Alexander Kurenkov, visitou áreas afetadas e participou de reuniões à distância com os respectivos governadores, incluindo os de Orenburg, Kurgan e Tyumen, após ordem do presidente russo.

Kurenkov, no entanto, foi alvo de críticas por ter alegado que os habitantes de Orsk ignoraram ordens de evacuação emitidas há uma semana – informação negada pela imprensa russa, que informou que a retirada teve início na última sexta-feira.

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O governador de Orenburg, Denis Pasler, reuniu-se com moradores de Orsk e elogiou cidadãos que auxiliaram em processos de resgate, ao invés de escolherem o caminho mais fácil e formarem uma “multidão indisciplinada”. Por sua vez, o prefeito Sergei Salmin disse acreditar na quebra de recorde da capacidade dos rios, na marca anterior de 9,46 metros.

“Absolutamente todos os que estão na zona de inundação precisam de abandonar as suas casas”, advertiu. “Não atrase a evacuação! A situação só vai piorar nos próximos dois dias.”

O governador de Orenburg, Denis Pasler, reuniu-se com moradores de Orsk e elogiou cidadãos que auxiliaram em processos de resgate, ao invés de escolherem o caminho mais fácil e formarem uma “multidão indisciplinada”.

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