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Putin diz a Boris Johnson que cerco à Ucrânia é resposta à OTAN

Presidente russo e premiê do Reino Unido conversaram por telefone nesta segunda-feira (13)

Por Ernesto Neves Atualizado em 13 dez 2021, 17h28 - Publicado em 13 dez 2021, 16h59

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que Moscou deseja negociações imediatas para conter a expansão da Otan para o leste europeu.

Os dois líderes conversaram por telefone nesta segunda-feira (13), em meio à tensão crescente na fronteira da Ucrânia.

Os russos vem concentrando tropas na fronteira com o país, aumentando o temor de uma invasão nos próximos meses.

De acordo com a inteligência dos Estados Unidos, a Rússia pode estar planejando uma invasão em múltiplas frentes à Ucrânia já no início de 2022 envolvendo 175.000 soldados.

No telefonema, Putin afirmou que “há necessidade de negociar imediatamente um acordo jurídico internacional que impeça a expansão da OTAN para o leste da Europa”.

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“Foi ressaltado que tudo isto está acontecendo num contexto de expansão militar ativa da OTAN no território da Ucrânia, criando uma ameaça direta à segurança da Rússia”, afirmou o Kremlin sobre a conversa.

Já a chancelaria britânica divulgou que o premiê Boris Johnson expressou “profunda preocupação” com o aumento do contingente militar na região.

Ainda de acordo com o gabinete do premiê, ele “reiterou a importância de trabalhar através dos canais diplomáticos para diminuir as tensões e identificar soluções duradouras”.

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“O primeiro-ministro enfatizou o compromisso do Reino Unido com a integridade territorial e a soberania da Ucrânia e alertou que qualquer ação desestabilizadora seria um erro estratégico que teria consequências graves”, prossegue o comunicado.

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da OTAN e vem alertando que uma adesão terá consequências graves.

A OTAN, por sua vez, emitiu comunicado em que afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da OTAN e pela Ucrânia, mais ninguém”.

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Também nesta segunda-feira, líderes europeus impuseram sanções à empresa militar privada russa Wagner.

Foram colocados na lista negra oito indivíduos e três empresas associadas ao grupo, que se acredita estar ajudando o Kremlin nos esforços para desestabilizar a Ucrânia, Síria, Líbia e vários países africanos.

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