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Putin cita ‘amizade’ e aceita convite de Kim para visitar Coreia do Norte

Mandatários se encontraram para rara reunião na quarta-feira na cidade russa oriental de Vladivostok

Por Da Redação
14 set 2023, 08h38

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aceitou um convite do líder norte-coreano, Kim Jong-un, para visitar a Coreia do Norte, informou nesta quinta-feira, 14, a agência de notícias estatal KCNA. Os dois mandatários se encontraram para uma rara reunião um dia antes, na cidade russa oriental de Vladivostok, na qual discutiram assuntos militares, a guerra na Ucrânia e a possível ajuda russa ao secreto programa de satélites de Pyongyang.

Ao longo da reunião, “Kim Jong-un convidou Putin para visitar a Coreia do Norte quando for conveniente”, segundo a KCNA. O presidente russo “aceitou o convite com prazer e reafirmou sua vontade de avançar com a história e a tradição de amizade entre os países”, acrescentou a agência.

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A viagem de Kim à Rússia aconteceu em um momento em que Moscou tenta fortalecer alianças com governantes de países isolados, em meio a sanções internacionais pela invasão à Ucrânia.

Na quarta-feira, Putin mostrou o Cosmódromo Vostochny, local de lançamento de foguetes espaciais mais avançado da Rússia, para Kim enquanto respondia perguntas detalhadas sobre os equipamentos. Após a viagem, conversaram durante várias horas com seus ministros e depois individualmente.

Antes do encontro com Putin, Kim chegou a assinar o livro de visitas do Cosmódromo em coreano.

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“A glória da Rússia, que deu origem aos primeiros conquistadores do espaço, será imortal”, escreveu Kim.

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Já no almoço, Kim fez um brinde à saúde de Putin à vitória da “grande Rússia” e à amizade entre Moscou e Pyongyang. O líder norte-coreano ainda citou que o Kremlin venceria a sua “luta sagrada” contra o Ocidente.

“Acredito firmemente que o heroico exército e o povo russo herdarão brilhantemente as suas vitórias e tradições e demonstrarão vigorosamente a sua nobre dignidade e honra nas duas frentes de operações militares e na construção de uma nação poderosa”, disse Kim enquanto erguia o copo. “O Exército e o povo russos certamente obterão uma grande vitória na luta sagrada pela punição de um grande mal que reivindica hegemonia e alimenta uma ilusão expansionista.”

Os líderes também se chamaram de “camaradas” na refeição e lembraram a história de amizade entre a União Soviética e a Coreia do Norte. Questionado sobre a cooperação militar, Putin disse que a Rússia cumpre as regras internacionais, mas que há oportunidades a explorar.

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“Na Coreia, existe um provérbio: roupas boas são aquelas que são novas, mas velhos amigos são melhores amigos. E nosso povo diz: um velho amigo é melhor do que dois novos”, disse Putin a Kim. “Esta sabedoria popular é plenamente aplicável às relações modernas entre os nossos países.”

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Autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul expressaram preocupação com o fato de Kim fornecer armas e munições à Rússia, o que Moscou e Pyongyang negam. Apesar disso, Putin deu inúmeras dicas de que a cooperação militar estava sendo discutida entre os líderes.

Para a Rússia, a cúpula foi uma oportunidade para instigar os EUA, a grande potência aliada da Ucrânia na guerra. Quando questionado pela mídia russa, Putin disse que a Moscou ajudaria a Coreia do Norte a construir satélites, mas ainda não está claro o quão longe o Kremlin está disposto a cumprir a lista de desejos tecnológicos de Kim.

Enquanto o líder norte-coreano estava no trem em direção à Rússia, a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance de uma área perto da capital, Pyongyang, para o mar na sua costa leste. Analistas informaram que esse foi o primeiro lançamento do tipo enquanto Kim estava fora do país. Durante os seus 12 anos no poder, ele fez apenas sete viagens ao exterior, todas entre 2018 e 2019.

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