Organizações de proteção animal e a comunidade científica americana iniciaram o primeiro censo de gatos em Washington, a capital dos Estados Unidos. Com um desembolso de aproximadamente 1,5 milhão de dólares, o projeto DC Cat Count ajudará em futuros programas públicos e da sociedade civil sobre o controle da população felina e sobre como lidar com os animais que vivem nas ruas da cidade.
Lauren Lipsey, vice-presidente do grupo de resgate Humane Rescue Alliance, explicou que o projeto tem o objetivo de “quantificar e entender a mobilidade” dos felinos que residem na capital americana. Em comunicado, a presidente dessa organização, Lisa LaFontaine, afirmou que o censo permitirá a montagem de programas de gerenciamento científico para ajudar a reduzir o número de gatos nas ruas.
“Não sabemos quantos gatos há na rua e nas casas. Queremos compreender como se movem e entender o impacto de nossos esforços em trabalhos de resgate e abrigo”, afirmou Lipsey, que trabalha no único abrigo de animais da cidade.
Os organizadores instalaram em diferentes bairros da cidade cerca de sessenta câmeras fotográficas que disparam ao detectar movimentos de animais, sejam eles gatos, ratos ou esquilos. De tempos em tempos, as câmeras serão trocadas de lugar para abranger outras zonas e uma equipe especialmente destinada a revisar as centenas de milhares de imagens será responsável por fazer a contagem dos gatos.
Um dos maiores desafios será distinguir entre gatos muito semelhantes — em cor, forma e tamanho. Para facilitar, Lipsey afirmou ser necessário dispor de “múltiplas imagens” do mesmo gato, em diferentes ângulos.
Envolvidos no projeto, a Humane Society of the United States, o grupo PetSmart Charities e o Instituto de Conservação Biológica do Museu Smithsonian encorajaram os cidadãos a ajudar também nesse trabalho. Para isso, o DC Cat Count oferecerá um aplicativo para celular no fim deste ano por meio do qual os moradores de Washington poderão fotografar gatos de rua e de seus próprios felinos.
Segundo os promotores do DC Cat Count, o projeto “poderá ser exportado para outras cidades do território americano e de todo o mundo”.
(Com EFE)