Uma professora de espanhol, mãe de duas meninas, e um americano que viajou à Londres para comemorar 25 anos de casamento com sua esposa estão entre os mortos do atentado próximo ao Parlamento inglês, na quarta-feira. Aysha Frade, 43 anos, e Kurt Cochran, 48, estavam na ponte de Westminster, quando Khalid Masood avançou com um carro contra os pedestres – antes de matar a facadas o policial Keith Palmer.
Aysha, que nasceu na Inglaterra, lecionava espanhol e era membro da administração da escola secundária DLD College, na região da Casa dos Comuns. Ela era casada com o português John Frade, com quem tinha duas filhas, de 8 e 11 anos. As meninas estudavam do outro lado da ponte de Westminster e, por isso, Aysha a atravessava a pé diariamente para buscar as crianças, informou o jornal inglês Daily Mail.
A professora foi morta no caminho para encontrar suas filhas, quando Masood avançou com uma caminhonete 4×4 contra pedestres e jogou Aysha embaixo de um ônibus. Rachel Borland, diretora da DLD College, lamentou seu falecimento, em comunicado: “Ela era muito querida e amada por nossos alunos e colegas. Sua falta será sentida por todos nós”.
Outra vítima do atropelamento, o músico Kurt Cochran, nascido no Estado americano de Utah, estava acompanhado da esposa Melissa no momento do atentado. O casal estava no fim de uma turnê europeia para celebrar seu aniversário de matrimônio e deveria voltar para casa nesta quinta-feira, informou o jornal The Guardian.
Em comunicado conjunto da família, o cunhado de Cochran, Clint Payne, confirmou sua morte e o descreveu como “um bom homem e um marido e pai amoroso”. Melissa quebrou costelas e uma perna e segue internada em um hospital de Londres, em situação estável.
A terceira vítima do ataque foi o oficial da Polícia Metropolitana de Londres, Keith Palmer, de 48 anos, casado e pai de uma menina de 5 anos. Desarmado, o agente morreu esfaqueado por Masood ao tentar impedi-lo de seguir em direção ao prédio do Parlamento. Palmer estava há 15 anos na Scotland Yard e havia passado pelas Forças Armadas inglesas.
“Keith vai ser lembrado como um pai e marido maravilhoso”, disse a família em nota. “Um filho amado, irmão e tio. Um torcedor de longa data do Charlton FC. Dedicado a seu trabalho e orgulhoso de ser um policial bravo e corajoso”.