O príncipe Charles está mais uma vez diante de notícias envolvendo cifras milionárias e sua instituição de caridade, a Prince of Wales’s Charitable Fund (PWCF). Neste sábado, o jornal The Sunday Times publicou que o herdeiro do trono do Reino Unido teria aceitado uma doação de 1 milhão de libras (cerca de R$ 6,3 milhões) da família de Osama bin Laden, ex-líder da rede terrorista Al Qaeda. A Clarence House informou, em nota, que a decisão de aceitar a doação foi tomada “exclusivamente por curadores”.
Segundo a reportagem, o príncipe de Gales teria se reunido com Bakr bin Laden, patriarca da família, em outubro de 2013, na Clarence House, em Londres. O pagamento teria sido feito por Bark e seu irmão Shafiq – ambos são meio-irmãos de bin Laden. Ainda de acordo com o jornal, não há indícios de que os irmãos tenham envolvimento com atos terroristas nem financiado ações dessa natureza.
No fim do mês passado, o jornal já tinha divulgado que Charles recebeu uma mala contendo 1 milhão de euros (R$ 5,54 milhões) de Hamad bin Jassim, ex-primeiro-ministro do Catar. Segundo o diário britânico, ele teria recebido pessoalmente outras duas doações do ex-premiê, totalizando a quantia de 3 milhões de euros (R$ 16,6 milhões) em espécie. As transações teriam ocorrido entre 2011 e 2015.
A assessoria do príncipe afirmou que o montante foi repassado para instituições de caridade e que não havia irregularidades no processo.
Após a revelação, uma fonte da Família Real britânica informou que o príncipe não aceitaria mais grandes doações em dinheiro para suas instituições de caridade.