Primeiro-ministro italiano e presidente da Comissão Europeia são vaiados em Lampedusa
Enrico Letta e José Manuel Barroso visitaram ilha que foi palco do naufrágio que matou quase 300 imigrantes ilegais
Por Da Redação
9 out 2013, 10h42
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, foram recebidos com vaias e gritos de “assassinos” ao chegarem nesta quarta-feira à ilha de Lampedusa, no sul da Itália, cenário do naufrágio que matou ao menos 287 imigrantes ilegais.
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“Vergonha”, “assassinos”, gritaram os moradores no aeroporto da ilha, agitando fotografias dos imigrantes na direção de Barroso e Letta. Os dois viajaram acompanhados da comissária europeia de Assuntos de Interior, Cecilia Malmstrom, e do vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano.
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“Deveriam estar envergonhados! Têm que resolver este problema humanitário”, disse um dos manifestantes. Lampedusa, uma pequena ilha com cerca de 5.000 habitantes entre a Sicília e a África, é uma dos principais pontos de chegada de imigrantes ilegais que tentam entrar na Europa.
Após a sessão de vaias, Barroso anunciou o envio de 30 milhões de euros (89 milhões de reais) para ajudar a Itália a lidar com os refugiados que estão no país. Já o primeiro-ministro Letta anunciou que os mortos no naufrágio vão ser sepultados com honras de estado, segundo informações divulgadas pela rede BBC.
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As autoridades europeias e italianas devem se reunir nesta quarta com a guarda-costeira italiana, ONGs, personalidades locais e um grupo de refugiados.
Até o momento, 287 corpos foram recuperados no casco do navio que afundou após um incêndio na última quinta-feira. A embarcação levava mais de 500 passageiros. Mergulhadores ainda realizam buscas para localizar mais vítimas. Apenas 155 pessoas foram resgatadas com vida. A maioria dos passageiros era da Eritreia.
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(Com agência France-Presse)
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