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Primeiro-ministro irlandês apresenta renúncia inesperada

Leo Varadkar fez história como primeira pessoa abertamente gay a chefiar a Irlanda em 2017, e voltou ao cargo em 2022

Por Da Redação
20 mar 2024, 09h40

O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, anunciou nesta quarta-feira, 20, que vai renunciar ao cargo, e também disse que vai deixar o posto de presidente do Fine Gael, partido governante.

“Uma parte da liderança é saber quando chegou a hora de passar o bastão para outra pessoa e, então, ter a coragem de fazê-lo”, disse Vardkar em discurso emocionado. “Essa hora é agora. Portanto, estou renunciando ao cargo de presidente e líder do Fine Gael com efeito imediato e renunciarei ao cargo de Taoiseach (primeiro-ministro) assim que meu sucessor puder assumir o cargo”.

“Depois de uma reflexão cuidadosa, acredito que um novo Taoiseach e um novo líder (do partido) estarão em melhor posição do que eu para conseguir (reeleger nossa coalizão)“, continuou. “Depois de sete anos no cargo, não me sinto mais a melhor pessoa para esse posto”.

Próximos passos

O anúncio de Varadkar foi recebido com surpresa em uma coletiva de imprensa em Dublin. Sua saída do cargo de chefe da coligação de três partidos que governa o país, porém, não desencadeia automaticamente eleições gerais. O Fine Gael poderá escolher um novo líder para substituí-lo.

Em 2017, Varadkar tornou-se a primeira pessoa abertamente gay a assumir o posto na Irlanda, país outrora intransigentemente católico. Ele também foi o mais jovem a ocupar o cargo. Após ser substituído por Micheál Martin, do partido de direita Fianna Fáil (Soldados da Irlanda – Partido Republicano), voltou ao cargo de primeiro-ministro em 2022.

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Panorama

Recentemente, o governo sofreu uma grande derrota. Houve dois referendos simultâneos, cada um destinado a alterar partes da Constituição irlandesa, escrita em 1937 sob a influência da Igreja Católica. O artigo 41º referia-se ao papel da mulher no lar e define a família como uma unidade baseada no casamento, e a coalizão de Varadkar argumentou que sua linguagem era antiquada demais e não reconhecia casais que não se uniram em matrimônio, por isso pediu aos eleitores que apoiassem as mudanças.

O resultado foi um retumbante não: 67% rejeitaram a alteração do significado de família, enquanto 32% votaram sim, e 74% rejeitaram a alteração do que diz respeito ao papel da mulher, contra 24% que votaram sim. A participação foi de 44%.

Foi uma derrota impressionante não apenas para o governo, mas para todo o establishment político. O Sinn Féin, um dos movimentos políticos mais antigos da Irlanda que tem ideologia nacionalista de esquerda, e os outros principais partidos da oposição apoiaram o “sim”, tal como muitas instituições e grupos de defesa.

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