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Presidente do México diz que apoiaria acordo de paz com cartéis

Andrés Manuel López Obrador se posicionou depois de ativista publicar carta aberta a grupos criminosos, pedindo fim dos sequestros e desaparecimentos

Por Da Redação
Atualizado em 31 Maio 2023, 14h42 - Publicado em 31 Maio 2023, 09h13
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  • O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta quarta-feira, 31, que apoiaria um acordo com os cartéis mais poderosos e violentos do país para tentar conter uma onda de violência.

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    AMLO, como é mais conhecido, se manifestou depois que uma ativista, Delia Quiroa, publicou uma carta aberta dirigida a 10 grupos do crime organizado. No texto, ela, que busca seu irmão há mais de 10 anos, pede que os cartéis parem com a prática de “desaparecimento forçado” – quando a vítima não é apenas morta, mas completamente apagado: seus corpos são dissolvidos no ácido ou queimados até virarem cinzas.

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    Fazendo um apelo à comunhão entre bandidos e vítimas, marcada por tradições como o Dia das Mães e o Dia dos Mortos, Quiroa convocou os cartéis a assinarem “um pacto social para prevenir e erradicar o desaparecimento de pessoas no México e promover a paz”.

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    “Concordo e espero que alcancemos a paz. É o que todos queremos”, disse AMLO durante entrevista coletiva diária, quando questionado sobre o pacto proposto. “A violência é irracional e vamos continuar buscando a paz, para alcançar a paz e é isso que estamos fazendo. E se houver uma iniciativa deste tipo, claro que a apoiamos.”

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    “Aprovo tudo o que significa deixar de lado ou não usar a violência”, acrescentou ele. Os membros do cartel “devem assumir responsabilidades e se comportar como bons cidadãos”.

    Mais de 100 mil pessoas desapareceram no México desde 1964, a maioria nos últimos 15 anos, desde que o governo da época declarou guerra contra os cartéis. Tornou-se comum a prática de enviar militares para as ruas, na tentativa de derrubar os principais líderes do crime organizado.

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    López Obrador, eleito por maioria esmagadora em 2018, garantiu que teria uma abordagem diferente e sem confronto. “Abraços, não balas”, disse na época.

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    Ele também prometeu tirar os militares das ruas, mas na verdade expandiu o financiamento e os poderes do exército, ao mesmo tempo em que criou uma força de Guarda Nacional, também militarizada, com mais de 100 mil soldados.

    Seus esforços, contudo, pouco fizeram contra a onda de violência. Mais de 30 mil pessoas foram mortas ao longo do governo de AMLO e mais de 40 mil foram dadas como desaparecidas desde que ele assumiu o cargo, segundo dados do governo.

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