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Premiê do Japão demite filho de cargo após festa em residência oficial

Comportamento "inadequado", segundo Kishida, foi revelado em fotos publicadas pela mídia japonesa na semana passada

Por Da Redação
29 Maio 2023, 17h22
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  • O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou nesta segunda-feira, 29, a exoneração do próprio filho, Shotaro Kishida, do cargo de secretário-executivo de política depois que fotos do herdeiro e de outros parentes fazendo uma festa na residência oficial no dia 30 de dezembro foram publicadas pela revista japonesa Shukan Bunshun na semana passada. 

    As fotos divulgadas pela imprensa japonesa mostravam o secretário e seus amigos brincando e simulando uma coletiva de imprensa, inclusive com um dos convidados sentado em uma pose despreocupada em uma escadaria com carpete vermelho. De acordo com o premiê, Shotaro Kishida deixaria o cargo já nesta quinta-feira pelo seu comportamento “inadequado” na residência oficial do chefe do governo.

    “O comportamento no ano passado, no espaço público, foi inadequado para um secretário político. Decidi substituí-lo por responsabilidade”, disse Kishida a jornalistas. 

    O caso, que causou indignação na população, levou o premiê a pedir desculpas em público, prometendo repreender “duramente” o filho. No entanto, as críticas dos opositores aumentaram nos últimos dias, que agora pedem uma medida ainda mais dura.

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    O parlamentar sênior do Partido Democrático Constitucional, Seiji Osaka, filiado ao maior partido de oposição, afirmou que a demissão deveria ter acontecido antes, informou a agência de notícias japonesa Kyodo.

    Esta já não é a primeira vez que Shotaro usa de sua posição para realizar atividades de interesse pessoal. Em uma viagem na Europa, ele foi amplamente criticado por usar carros oficiais para se locomover. 

    A demissão de Shotaro é mais uma das perdas que o governo de Kishida tem sofrido nos últimos meses. Anteriormente, o primeiro-ministro demitiu quatro ministros por irregularidades financeiras e associações com seitas religiosas. Além disso, as revelações vêm em um momento inoportuno para Kishida, que ganhou popularidade com a recente cúpula do Grupo dos Sete (G7) em Hiroshima.

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