A vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, representará o líder do país Iván Duque na cerimônia de posse de Jair Bolsonaro como novo presidente do Brasil, informou nesta segunda-feira, 31, seu escritório.
Ramírez viajará no dia 1 de janeiro a Brasília e está previsto que chegue à Base Aérea dessa cidade por volta de meio-dia para em seguida se deslocar até o Congresso Nacional, onde acontecerá a cerimônia de posse.
Enquanto isso, Duque permanecerá em Cartagena de Indias onde em 2 de janeiro receberá a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, com quem tratará assuntos como a luta contra o narcotráfico, a aplicação do acordo de paz, o comércio e a resposta à crise da Venezuela.
Viagem conjunta
Já os presidentes do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do Chile, Sebastián Piñera, realizarão nesta terça-feira 1 um encontro bilateral no avião que levará ambos de Assunção à posse de Bolsonaro em Brasília, .
Piñera será quem fará uma escala em Assunção no seu avião presidencial para recolher Abdo Benítez antes de partir à capital federal brasileira.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores paraguaio, essa reunião bilateral, em um trajeto de duas horas de duração, será a primeira oficial de ambos governantes desde que chegaram ao poder este ano. Os temas que serão abordados não foram especificados.
Os líderes internacionais na posse
Segundo o Itamaraty, comparecerão à cerimônia de posse de Bolsonaro 11 chefes de Estado e Governo, 3 vices-presidente, 11 chanceleres, 18 enviados especiais e três diretores de organismos internacionais.
A expectativa do governo é de que, no total, 60 delegações estrangeiras participem do evento. A lista de convidados para a cerimônia é de 140 pessoas.
Além de Ramírez, Piñera e Benítez, estarão presentes o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; os presidentes da Bolívia, Evo Morales; Honduras, Juan Orlando Hernández; Peru, Martín Vizcarra, e Uruguai, Tabaré Vázquez.
Mike Pompeo representará os Estados Unidos. O futuro ministro de Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, deve se encontrar com o secretário de Estado em uma reunião bilateral, ainda sem data marcada, de acordo com o Itamaraty.
Conforme adiantou a embaixada dos Estados Unidos, comporão a pauta temas comuns aos dois países, como a situação política da Venezuela, Nicarágua e Cuba.
Também desembarcam na capital federal o primeiro-ministro conservador da Hungria, Viktor Orbán, e o vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular (Parlamento chinês), Ji Bingxuan, representante da China.
Segundo o Itamaraty, as demais autoridades não serão nominalmente citadas por questões de segurança.
A Argentina, parceiro comercial mais próximo do Brasil na região, será representada por seu chanceler, Jorge Faurie. Envolvido em uma crise política e econômica, o presidente do país vizinho, Mauricio Macri, preferiu não deixar Buenos Aires.
Os presidentes de Venezuela, Cuba e Nicarágua foram barrados da cerimônia pelo novo governo. Em uma situação pouco convencional para a diplomacia brasileira, o venezuelano Nicolás Maduro e o cubano Miguel Díaz-Canel foram desconvidados para o evento pelo Itamaraty, a pedido de Bolsonaro.
Mesmo com as ausências, chefes de Estado latino-americanos compõem a maioria dos líderes que confirmaram presença na cerimônia de posse.
Em 2014, 12 chefes de Estado compareceram à posse de Dilma Rousseff, entre eles os líderes da Guiné Equatorial, Uruguai, Bolívia, Países Baixos, Paraguai, Venezuela, Chile, Costa Rica, Suécia, Marrocos, Gana e Guiné-Bissau.
(Com EFE e Agência Brasil)