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Por medo de água de Fukushima, sul-coreanos estocam sal e alimentos

Embora data não tenha sido definida, Japão se prepara para liberar no mar água tratada de usina nuclear danificada em 2011

Por Da Redação
Atualizado em 29 jun 2023, 14h40 - Publicado em 29 jun 2023, 13h04
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  • Moradores da Coreia do Sul estão comprando sal marinho e outros itens à medida que cresce a preocupação com relação ao despejo no mar de mais de 1 milhão de toneladas métricas de água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima. A usina japonesa foi danificada durante um terremoto e tsunami em 2011.

    O Japão já deu repetidas garantias de que a água é segura, dizendo que foi filtrada para remover a maioria dos isótopos, embora ainda contenha traços de trítio, um isótopo de hidrogênio difícil de separar da água. Porém, pescadores e moradores de toda a região ainda estão com medo da contaminação da água.

    O medo de muitos é que, com a entrada da água tratada no mar, haja problemas para comprar sal e até frutos do mar. Autoridades de pesca da Coreia do Sul chegaram a prometer que vão aumentar esforços para monitorar quaisquer substâncias radioativas nas produções de sal e alimentos para tentar acalmar a população.

    “Recentemente comprei 5 quilos de sal”, disse Lee Young-min, 38 anos, moradora de Seul, à Reuters, acrescentando que ela nunca havia comprando essa quantidade de alimento antes, mas acredita que precisa proteger sua família. “Como mãe criando dois filhos, não posso simplesmente sentar e não fazer nada. Quero alimentá-los com segurança.”

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    A pressa para estocar contribuiu para um aumento de quase 27% no preço do sal na Coreia do Sul em junho em relação a dois meses atrás, porém as autoridades dizem que o clima e a menor produção também foram os culpados. Em resposta, de acordo com o vice-ministro das Pescas, Song Sang-keun, o governo está liberando cerca de 50 toneladas métricas de sal por dia dos estoques, com um desconto de 20% dos preços de mercado, até 11 de julho.

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    “Vim comprar sal, mas não sobrou nenhum. Não havia nenhum da última vez que vim também”, disse Kim Myung-ok, de 73 anos, à Reuters. “A liberação de água é preocupante. Estamos velhos e já vivemos o suficiente, mas me preocupo com as crianças.”

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    Embora nenhuma data tenha sido definida, a liberação da água de enormes tanques de armazenamento no Pacífico é esperada em breve. A água foi usada principalmente para resfriar reatores danificados na usina nuclear destruída.

    A China também criticou o plano do Japão de liberar a água, acusando Tóquio de falta de transparência e afirmando que o despejo representa uma ameaça ao ambiente marinho e à saúde das pessoas em todo o mundo. No entanto, o Japão diz que forneceu explicações detalhadas e apoiadas pela ciência de seu plano aos vizinhos.

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