A polícia de Hong Kong alertou neste domingo, 17, que poderá usar munição real contra os manifestantes que estão entrincheirados no campus da Universidade Politécnica, caso o lançamento de coquetéis molotov e outros artefatos contra os integrantes das forças de segurança não pare.
“Se não pararem de atacar a polícia com armas letais, os policiais não terão mais remédio do que usar a força mínima, incluindo munição real como resposta”, indicou a corporação, em vídeo publicado no Facebook.
Veículos blindados da polícia local cercaram nesta noite os manifestantes nos arredores da universidade. Durante todo o dia, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo e canhões de água para tentar dispersar os ativistas. A corporação admitiu a prisão de muitas pessoas no local, mas não divulgou um número específico de detidos.
Em outro momento, a polícia admitiu que foi utilizada munição real contra um carro, em que o motorista partiu para cima de um grupo de policiais. O condutor, de acordo com as autoridades, fugiu do local.
De acordo com a força de segurança local, os manifestantes estão cada vez “mais perto do terrorismo” e que construíram uma “fábrica de armamento” na universidade, onde os estudantes já foram flagrados produzindo coquetel molotov.
Os ativistas também lançaram flechas, bolas de metal e tijolos, entre outros artefatos. Um veículo blindado das forças de segurança chegou a ser atacado e incendiado.
Um policial foi ferido por uma flechada, em meio a uma batalha campal e foi encaminhado para um hospital.
Os protestos em Hong Kong começaram em junho deste ano, como resposta a um projeto de lei de extradição, que já foi retirado pelo governo. Com o tempo, as manifestações passaram a cobrar maior democracia no território autônomo e menor ingerência da China.
(Com EFE)