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Polícia britânica faz duas prisões por morte de 39 chineses em caminhão

Casal detido seria dono do veículo, segundo imprensa; motorista já havia sido detido e está sendo interrogado

Por Da Redação
25 out 2019, 09h48

A polícia do Reino Unido prendeu duas pessoas por suspeita de envolvimento no assassinato de 39 chineses encontrados mortos em um caminhão na cidade de Essex na última quarta-feira 23. O motorista do veículo já havia sido detido e está sendo interrogado pelas autoridades.

As duas pessoas presas nesta sexta são um homem e uma mulher, moradores da cidade de Warrington, próxima a Liverpool. Segundo a imprensa búlgara, a mulher é Joanna Maher, de 38 anos, e seria a dona do caminhão onde as vítimas foram encontradas.

Segundo o jornal Daily Mail, Joanna e seu marido, Thomas, também de 38 anos, insistem que venderam o caminhão há um ano para uma empresa na Irlanda. A informação não foi confirmada pela polícia.

Os 39 corpos foram encontrados no caminhão frigorífico estacionado na cidade de Essex, perto de Londres. As vítimas ainda não foram identificadas, mas segundo as autoridades britânicas são todas chinesas.

Uma grande investigação está em andamento para determinar as circunstâncias que levaram às mortes. O Ministério Público Federal da Bélgica informou que o contêiner do caminhão passou por Zeebrugge, na Bélgica, no dia 22 de outubro.

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Na imprensa, especula-se que os chineses eram emigrantes ilegais que usaram o caminhão para passar pelas fronteiras. O motorista, de 25 anos e procedente da Irlanda do Norte, foi detido por suspeita de assassinato.

A imprensa britânica identificou o motorista e informou que seu nome é Mo Robinson, residente da cidade norte-irlandesa de Portadown, no condado de Armagh.

A rota do caminhão está sendo determinada. De acordo com a polícia britânica o reboque do caminhão chegou aproximadamente às 23h30 (19h30 em Brasília) de segunda-feira 21 a Purfleet, porto do Tâmisa, procedente de Zeebrugge, enquanto a cabine partiu da Irlanda do Norte.

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As autoridades também confirmaram o emplacamento do veículo na Bulgária em 2017, mas afirmaram que o veículo não retornou ao país desde então. “Não há conexão, apenas com as placas”, disse o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov.

A tragédia motivou pedidos de combate aos traficantes de seres humanos. Segundo a Agência Nacional contra o Crime (NCA), o número de migrantes introduzidos clandestinamente no Reino Unido a bordo de contêineres e caminhões aumentou nos últimos anos.

Em relatórios recentes, a NCA observou “o uso crescente de métodos cada vez mais arriscados de contrabando”, principalmente dos portos de Calais (França) e Zeebrugge ou através do Túnel do Canal da Mancha.

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Em agosto de 2015, 71 migrantes da Síria, Iraque e Afeganistão a caminho da Europa Ocidental morreram em um caminhão frigorífico na Áustria.

A tragédia remete ainda a um incidente parecido ocorrido em junho de 2000, quando 58 chineses em situação irregular foram encontrados mortos asfixiados em um caminhão no porto de Douvres, sul do Reino Unido.

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