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Todos os 39 mortos encontrados em caminhão no Reino Unido eram chineses

Motorista foi identificado pela imprensa como norte-irlandês Mo Robinson; ele foi preso por suspeita de assassinato

Por Da Redação
24 out 2019, 08h59

Os 39 mortos encontrados em um caminhão frigorífico perto de Londres eram cidadãos chineses, informou a polícia do Reino Unido nesta quinta-feira, 24. O grupo era formado por 31 homens e oito mulheres.

Na noite de quarta-feira, a polícia britânica fez operações de busca em duas propriedades na Irlanda do Norte, após a descoberta do veículo. Os 39 corpos ainda estão sendo identificados. As autoridades haviam divulgado antes que havia um adolescente entre os mortos, mas esclareceram nesta quinta-feira, 24, que se trata de um adulto.

Uma grande investigação está em andamento para determinar as circunstâncias que levaram às mortes. O Ministério Público Federal da Bélgica informou que o contêiner do caminhão passou por Zeebrugge, na Bélgica, no dia 22 de outubro.

Na imprensa, especula-se que os chineses eram emigrantes ilegais que usaram o caminhão para passar pelas fronteiras. Contudo, ainda não foi confirmado oficialmente se as vítimas eram, de fato, imigrantes.

A polícia britânica foi alertada durante a madrugada pelo serviço de emergência sobre os corpos encontrados em uma zona industrial de Grays, Essex, a 30 km de Londres. O motorista, de 25 anos e procedente da Irlanda do Norte, foi detido por suspeita de assassinato.

A imprensa britânica identificou o motorista e informou que seu nome é Mo Robinson, residente da cidade norte-irlandesa de Portadown, no condado de Armagh. Foi nesta região que foi realizada a operação da noite de quarta-feira. Questionada por jornalistas, a polícia não confirmou o nome.

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A tragédia remete a um incidente parecido ocorrido em junho de 2000, quando 58 chineses em situação irregular foram encontrados mortos asfixiados em um caminhão no porto de Douvres, sul do Reino Unido.

Rota

A rota do caminhão está sendo determinada. De acordo com a polícia britânica o reboque do caminhão chegou aproximadamente às 23h30 (19h30 em Brasília) de segunda-feira 21 a Purfleet, porto do Tâmisa, procedente de Zeebrugge, enquanto a cabine partiu da Irlanda do Norte.

As autoridades também confirmaram o emplacamento do veículo na Bulgária em 2017, mas afirmaram que o veículo não retornou ao país desde então. “Não há conexão, apenas com as placas”, disse o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov.

A tragédia motivou pedidos de combate aos traficantes de seres humanos. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou o ocorrido uma “tragédia inimaginável”.

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Segundo a Agência Nacional contra o Crime (NCA), o número de migrantes introduzidos clandestinamente no Reino Unido a bordo de contêineres e caminhões aumentou nos últimos anos.

Em relatórios recentes, a NCA observou “o uso crescente de métodos cada vez mais arriscados de contrabando”, principalmente dos portos de Calais (França) e Zeebrugge ou através do Túnel do Canal da Mancha.

Em agosto de 2015, 71 migrantes da Síria, Iraque e Afeganistão a caminho da Europa Ocidental morreram em um caminhão frigorífico na Áustria.

Também na quarta-feira, a polícia de Kent anunciou que localizou e transferiu para as autoridades de imigração nove pessoas encontradas vivas em um caminhão em uma rodovia ao sudeste de Londres.

(Com Estadão Conteúdo e AFP)

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