Pesquisadores encontram nova variante do coronavírus em Nova York
Contaminação está crescendo de forma alarmante e pode afetar a eficácia das vacinas desenvolvidas até o momento
Uma nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 foi detectada na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Segundo as duas equipes de pesquisadores que identificaram a nova versão, a contaminação está crescendo de forma alarmante nas últimas semanas e pode afetar a eficácia das vacinas desenvolvidas até o momento.
A variante foi identificada por pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Columbia e do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Os relatórios produzidos pelas instituições ainda estão sendo revisados para publicação em revistas científicas.
Chamada B.1.526, a nova variante foi detectada originalmente em amostras recolhidas na cidade em novembro. Em meados de fevereiro, a B.1.526 já foi identificada em cerca de uma em cada quatro amostras sequenciadas e retiradas de uma base de dados compartilhada pelos cientistas, segundo o jornal The New York Times.
A mutação nesta variante que mais preocupa é chamada E484K e dá ao vírus a capacidade de escapar de parte da resposta imunológica do corpo, bem como dos tratamentos autorizados com anticorpos monoclonais. Esta mutação está surgindo independentemente em muitos casos diferentes, mas também aparece em uma variante particular – aquela chamada B.1.526.
“É esta nova variante que está crescendo, de forma alarmante, em nossa população de pacientes nas últimas semanas”, escreveu a equipe de Columbia, de acordo com a emissora americana CNN. Segundo os pesquisadores, houve um aumento de 12,7% na taxa de detecção da variante nas últimas duas semanas.
A mutação E484K, porém, é vista em pelo menos 59 linhagens diferentes de coronavírus, o que significa que está evoluindo de forma independente em todo o país e em todo o mundo em um fenômeno conhecido como evolução convergente.