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Pesadelo havaiano: sem turismo, estado sofre com desemprego

Havaí tem a segunda pior taxa de desemprego dos Estados Unidos; governo local instalou quarentena de 14 dias para todos os turistas que chegam na ilha

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jun 2020, 14h50 - Publicado em 23 jun 2020, 14h51
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  • Com o turismo dizimado pela Covid-19 em todo o país, o setor do paradisíaco arquipélago do Havaí, nos Estados Unidos, enfrenta um verdadeiro pesadelo. Em maio, o estado registrou uma taxa de desemprego de 22,6%, a segundo mais alta do país.

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    O impacto do coronavírus no emprego não é exclusividade havaiana: entre março e abril, quando os Estados Unidos tomaram medidas de restrição para evitar o contágio pela enfermidade, 22,1 milhões de empregos foram varridos. Porém, o estado conhecido pelas belas praias e paisagens paradisíacas foi severamente atingido. O turismo é o setor mais importante da economia local. É responsável por aproximadamente 21% da economia do estado e gera mais de 16 bilhões de dólares em receita.

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    O estado recebe cerca de 9 milhões de visitantes todos os anos, que empregam em torno de 25% da mão de obra do arquipélago. Em um esforço para conter a disseminação do Covid-19, o governo do Havaí agiu rápido e impôs uma quarentena obrigatória de 14 dias para todos os turistas. Embora a medida tenha se mostrado eficaz na prevenção de grandes surtos de doenças respiratórias na região – o estado tem hoje 804 casos e 17 mortes -, o impacto no turismo foi rápido e severo.

    A venda de passagens caiu drasticamente: economistas estimam que o número de turistas desembarcando no estado passou de uma média de 30.000 por dia para menos de 100. Depois do setor agropecuário, o turismo foi o que mais perdeu trabalhadores com a pandemia. Só em maio, 6.000 trabalhadores rurais foram dispensados, enquanto 4.500 vagas do setor hoteleiro foram fechadas.

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    Guarda mede temperatura de turista no Aeroporto Internacional de Daniel K. Inouye, em Honolulu, Havaí – 28/06/2020 (Marco Garcia/File Photo/Reuters)

    A cidade de Kahului, na Ilha de Maui, é a mais atingida. A taxa de desemprego na pitoresca cidadezinha chegou a 35% em abril – 10% a mais do que a média de todo o país no pico da crise da Grande Depressão -, a maior de qualquer área metropolitana nos Estados Unidos.

    A taxa de desemprego cresceu a uma velocidade nunca vista por ali. Em março, a cidade exibia uma das menores cifras do país: 2,2%. O salto assustou e muito os moradores. Só no setor de lazer e hotelaria, Kahului observou uma queda de 57,4% em relação ao mesmo período de 2019. Outros serviços caíram 23,5%.

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    Moradores desesperados por emprego se reúnem em grupos do Facebook. Um deles, passou de 800 membros e para mais de 10.000 em menos de 30 dias. Muitas pessoas reclamam da demora para receber os benefícios do governo dedicados aos desempregados: alguns esperaram mais de nove semanas para o auxílio cair em sua conta. As linhas telefônicas do escritório que lida com o pagamento do seguro-desemprego estão quase sempre ocupadas desde a última semana de março.

    O Havaí entrou em quarentena no início de março, mas a maior parte do comércio, indústria e serviços já voltou a funcionar. Porém, ainda não há uma data marcada para o fim da quarentena imposta aos turistas. A expectativa é que a restrição se estenda por todo o mês de julho – época chave para o turismo no país.

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    Na última semana, o governo americano publicou cifras mais positivas pela primeira vez desde o início da pandemia. Em todo o país, a taxa de desemprego caiu de 14,7% em abril para 13,3% em maio. As boas notícias também refletiram no Havaí, onde a taxa caiu de 23,8% para 22,6% no mês seguinte. Mas ainda há um longo caminho pela frente antes da recuperação total.

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