Pesadelo de Trump: a linha do tempo do caso Ucrânia
Presidente americano está envolvido em teia de relações perigosas que pode encurtar seu impeachment antes das eleições de 2020
Desafiado por um processo de impeachment, movido pela Câmara dos Deputados, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostra cada vez mais engolido por um escândalo que pode levar ao fim de seu governo antes das eleições de 2020. Já foram tomados depoimentos de diplomatas, que confirmaram a principal acusação contra o republicano: de abuso de poder em sua pressão sobre o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, para investigar seu potencial adversário nas urnas, o ex-vice-presidente democrata Joe Biden.
À medida que o inquérito avança, a teia de relações espinhosas entre os escudeiros de Trump com autoridades ucranianas só aumenta. Já foram envolvidos no caso o advogado pessoal do presidente, o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, o vice-presidente, Mike Pence, e o secretário de Justiça, William Barr.
Além disso, pelo menos três diplomatas de alta patente foram flagrados trocando mensagens sobre a estratégia de possível melhoria nas relações entre Kiev e Washington, desde que Zelensky cooperasse com a busca por informações sobre Joe Biden e seu filho, Hunter, ex-executivo de uma empresa de energia ucraniana. O diretor de Inteligência Nacional (DNI), Joseph Maguire, vem sendo acusado de ter tentado abafar o caso ao não repassar a denúncia do principal delator do caso ao Congresso dentro do prazo estipulado.
Do lado ucraniano, além de Zelensky, participaram das negociações diversos assessores da Presidência e o ex-procurador-geral Yuri Lutsenko.
Entenda mais sobre o caso e sobre os principais fatos que levaram à abertura de impeachment contra Donald Trump.