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Peru tira turistas ilhados de Machu Picchu em meio a estado de emergência

Cerca de 300 visitantes de todo o mundo ficaram presos no local histórico durante onda de protestos no país

Por Da Redação
Atualizado em 19 dez 2022, 16h59 - Publicado em 19 dez 2022, 12h38
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  • Centenas de turistas ilhados na antiga cidade de Machu Picchu, no Peru, estão sendo retiradas da área desde que o país declarou estado de emergência devido às manifestações que se seguiram à destituição e à prisão do agora ex-presidente Pedro Castillo. Os serviços ferroviários e aéreos foram interrompidos quando os manifestantes invadiram meios de transporte. 

    Cerca de 300 turistas de todo o mundo, incluindo sul-americanos, americanos e europeus, ficaram presos no local histórico, segundo Darwin Baca, prefeito de Machu Picchu. Baca disse à emissora CNN na sexta-feira 16 que solicitou voos de helicóptero para retirar os turistas depois que as manifestações interromperam trens e voos.

    A PeruRail, operadora ferroviária do Peru para as regiões sul e sudeste do país, disse em comunicado no sábado 17 que os trens começaram a retomar as operações em Machu Picchu como medida de emergência. 

    “Com esse objetivo, estamos coordenando com a prefeitura de Machu Picchu para garantir o embarque adequado das pessoas nesses trens, priorizando o atendimento aos idosos, pessoas com problemas de saúde e famílias com crianças”, diz o comunicado.

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    A empresa ferroviária também disse que os turistas serão levados de ônibus da comunidade de Piscacucho para a cidade de Cuzco, onde está localizado o Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete (CUZ).

    O Ministério dos Transportes do Peru disse na sexta-feira 16 que Machu Picchu retomou voos, depois de terem sido temporariamente suspensos em meio a protestos no país.

    “Os passageiros que precisam se deslocar durante o toque de recolher podem usar suas passagens como salvo-conduto”, disse o ministério.

    Os trens indo e voltando de Machu Picchu, o principal meio de acesso ao Patrimônio Mundial da Unesco, foram interrompidos na terça-feira 13, e a PeruRail disse em seu comunicado que lamentava a interrupção de seus serviços “causada por uma situação fora do controle de nossa empresa”.

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    No domingo 18, Paola Lazarte, ministra de Transportes e Comunicações do Peru, também disse que estão sendo feitas obras no Aeroporto de Arequipa, o maior aeroporto do sul do Peru, para retomar as operações depois que ele foi fechado devido a protestos. Ela acrescentou que o aeroporto recebeu kits de iluminação adicionais que ajudaram a retomar voos noturnos no sábado.

    O distrito municipal de Machu Picchu disse em um comunicado na sexta-feira 16 que esperava retirar todos os turistas até sábado. 

    “A autarquia, através da Unidade de Turismo, efetua a coordenação necessária para a seleção e priorização de crianças e pessoas vulneráveis para o traslado em voos humanitários, trabalho que tem sido feito em coordenação com a Polícia Nacional e o Centro de Saúde distrital”, disse o comunicado.

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    Pelo menos 20 pessoas já morreram nos protestos que começaram no início deste mês.

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