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Pentágono admite não ter provas de que Soleimani atacaria 4 embaixadas

Em entrevista a uma emissora americana, o secretário de Defesa dos EUA admitiu não ter visto prova concreta de que Soleimani iria atacar as embaixadas

Por EFE 12 jan 2020, 19h41

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, admitiu neste domingo (12) não ter visto nenhuma prova concreta de que o general iraniano Qasem Soleimani, morto este mês em uma operação americana em Bagdá, planejava atacar quatro embaixadas do país, como afirma o presidente Donald Trump.

“O presidente não citou uma evidência específica, e eu não o vi, no que diz respeito às quatro embaixadas”, disse Esper, em entrevista à emissora americana CBS News.

No entanto, o chefe do Pentágono afirmou concordar com Trump que “é provável que (os iranianos) ataquem as embaixadas, pois são o ponto de destaque da presença americana em um país”.

Suas declarações se somam à mudança de narrativa de Trump para justificar a missão contra Soleimani.  Inicialmente, o presidente dos EUA disse que o comandante planejava ataques indefinidos contra alvos dos EUA, depois disse que queria “explodir” a embaixada em Bagdá e depois falou sobre planos contra outras missões.

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“Posso revelar que acho que provavelmente seriam quatro embaixadas”, disse Trump, durante uma entrevista à Fox News na última sexta-feira (10). Esper defendeu que o presidente nunca falou de evidências no caso das quatro embaixadas, mas disse que “acreditava” que esse era o plano de Soleimani e afirmou compartilhar dessa análise.

As mudanças na justificativa de Trump para essa missão geraram desconforto entre alguns membros do Congresso, que não receberam informações sobre a suposta ameaça a quatro embaixadas durante uma reunião que realizaram esta semana com Esper e outras autoridades, segundo vários meios de comunicação.

Além disso, a hipótese de que a operação contra Soleimani poderia fazer parte de um plano mais amplo destinado a enfraquecer os Guardiões da Revolução Islâmica do Irã (IRGC) ganhou força depois que o jornal Washington Post revelou na sexta-feira (10) que os EUA lançaram outro ataque aéreo no Iêmen no mesmo dia da missão em Bagdá, no último dia 2.

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Enquanto isso, Trump voltou ao Twitter neste domingo (12) para comentar os protestos de ontem em Teerã, onde centenas de iranianos se manifestaram contra o sistema islâmico e a IRGC.

“Para os líderes do Irã: NÃO MATE SEUS MANIFESTANTES. Milhares já morreram ou foram presos por você, e o mundo está observando. E o mais importante, os Estados Unidos estão observando você”, escreveu Trump.

O presidente americano pediu ao governo iraniano que “reativasse a internet”, embora hoje não tenha havido cortes no acesso a esse serviço no Irã – como ocorreu durante as manifestações do mês de novembro de 2019 – e os protestos pareciam se acalmar.

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