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Partido Popular vence eleições europeias marcadas por avanço de liberais

Segundo os resultados provisórios divulgados pelo Parlamento Europeu, o PPE continua com a maior bancada, com 180 cadeiras

Por EFE 26 Maio 2019, 23h26

O Partido Popular Europeu (PPE) venceu neste domingo as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas por notáveis crescimentos da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE) e dos Verdes, que serão essenciais para a formação da maioria em uma Eurocâmara mais fragmentada, mas com praticamente a mesma proporção de eurocéticos que a da última legislatura.

Segundo os resultados provisórios divulgados pelo Parlamento Europeu, o PPE continua com a maior bancada, com 180 cadeiras, apesar de ter perdido 36 em relação ao pleito de 2014. A Aliança de Socialistas e Democratas (S&D) mantém a segunda maior representação parlamentar, embora com 152 eurodeputados, 33 a menos que na última legislatura.

As eleições tiveram uma participação popular recorde, de 50,5% do total de aptos a votar. No pleito de cinco anos atrás, o comparecimento de eleitores dos 28 países membros às urnas foi de 42%. A perda de força dos dois maiores partidos torna impossível que revalidem sua “grande coalizão”, por não terem conseguido se manter com a maioria das 751 cadeiras do Parlamento.

Neste contexto, a aritmética parlamentar obrigará a formação de alianças alternativas, e tanto a ALDE (terceira maior bancada, com 105 deputados, 36 a mais que em 2014) como os Verdes (quarta, com 67, 15 acima do que obteve no pleito anterior) serão alvos. O avanço de liberais e verdes supera amplamente o dos partidos ultranacionalistas e eurocéticos, que juntos somariam 172 cadeiras, apenas 17 a mais dos que conseguiram na última legislatura.

O grupo de Conservadores e Reformistas (ERC) ficou com 61 cadeiras (16 a menos que em 2014), já que a queda dos conservadores no Reino Unido pesou contra a ampla vitória na Polônia do partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), que obteve 42,4% dos votos e terá 22 eurodeputados.

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O PiS não revelou ainda se aceitará o convite para se unir ao grupo ultranacionalista que deve ser criado pelo vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, cujo partido (Liga Norte) ficou com a vitória na Itália e terá 24 eurodeputados.

O grupo Europa das Nações e a Liberdade (ENF) do partido de ultradireita francês Reunião Nacional, de Marine Le Pen, que abriga legendas nacionalistas e xenófobas como Liga Norte, o austríaco FPÖ, o holandês PVV e o belga Vlaams Belang, aumentou em 21 eurodeputados sua representação, para um total de 57 parlamentares na Eurocâmara.

O grupo Europa da Liberdade e da Democracia Direta (EFDD) deve ficar com 54 cadeiras, 12 a mais que na última eleição, segundo as projeções, e com isso o britânico Nigel Farage, um dos articuladores do Brexit, voltará à Eurocâmara após a arrasadora vitória de seu novo partido com cerca de 30% dos votos nas eleições no Reino Unido.

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O grupo dos Não Inscritos – não filiados a nenhum dos grupos políticos europeus – deve ficar com sete eurodeputados, e o grupo Outros, no qual estão os eurodeputados novos que não faziam parte de nenhuma das bancadas existentes na legislatura anterior, como o ultradireitista espanhol Vox, devem ter 30 cadeiras no novo plenário.

O novo mapa do Parlamento Europeu não permite vislumbrar uma maioria clara ou, pelo menos, tradicional. Por isso, o candidato do PPE a presidir a Comissão Europeia, o alemão Manfred Weber, ofereceu uma coalizão com socialistas, liberais e verdes. No entanto, tanto o cabeça da chapa socialista, o holandês Frans Timmermans, como a candidata liberal, Margrethe Vestager, são favoráveis à formação de uma maioria sem o PPE.

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