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Delegações de China e Rússia vão visitar a Coreia do Norte

Encontros em Pyongyang vão marcar rara onda de atividade política em uma das nações mais isoladas do mundo

Por Da Redação
Atualizado em 25 jul 2023, 16h52 - Publicado em 25 jul 2023, 16h45
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  • Enquanto a Coreia do Norte se prepara para comemorar 70 anos do fim da Guerra da Coreia na quinta-feira, 27, a China e a Rússia enviaram nesta semana delegações de alto nível a Pyongyang, em uma rara onda de atividade política em uma das nações mais isoladas do mundo.

    A delegação chinesa é liderada por Li Hongzhong, oficial do Partido Comunista e membro do comitê de formulação de políticas. Durante a visita, ele representará Pequim na cerimônia de 70 anos do acordo de armistício que pôs fim à guerra.

    “A visita será significativa pelo que diz sobre o apoio de Pequim à Coreia do Norte, bem como a disposição de Pyongyang de relaxar as restrições de fronteira da era pandêmica”, ressaltou o professor de estudos internacionais da Ewha Womans University, em Seul, Leif-Eric Easley, à rede CNN.

    A delegação russa, por sua vez, será liderada pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu. Segundo o Ministério russo, a visita vai ajudar a “ fortalecer os laços militares russo-norte-coreano” e faz parte de uma etapa importante no desenvolvimento da cooperação entre ambos os países. 

    Segundo a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, a “visita comemorativa” das delegações é para celebrar o chamado “Dia da Vitória”. Ambos os países são aliados de longa data da Coreia do Norte. Em 1950, a China enviou cerca de 250.000 soldados para a península coreana com o objetivo de repelir as forças combinadas da Coreia do Sul, Estados Unidos e outros países.

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    A Rússia, à época parte da União Soviética, também apoiou a Coreia do Norte no conflito. Atualmente, Moscou continua sendo um forte aliado do país, especialmente pelos dois governos compartilharem uma animosidade conjunta em relação ao Ocidente.

    No entanto, em contraposição ao apoio à nação isolada, a Coreia do Sul este ano vai receber um apoio muito maior durante as comemorações do armistício: espera-se que 22 países participem de eventos em solo sul-coreano. 

    Recentemente, as tensões diplomáticas entre as Coreias cresceram, sobretudo depois que Pyongyang testou com frequência mísseis proibidos pelas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em diversas ocasiões, os EUA e a Coreia do Sul mobilizaram meios militares em respostas ao lançamento dos mísseis. 

    De acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), a Coreia do Norte continuou com um ritmo acelerado de testes de mísseis nesta segunda-feira, 24, quando lançou dois mísseis balísticos de curto alcance (SRBMs) nas águas da costa leste da península. 

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    Os projéteis foram lançados por volta das 23h55 e voaram por cerca de cinco minutos, o equivalente a 400 quilômetros, antes de cair na água, informou o JCS. Ainda na segunda-feira, o submarino de ataque da Marinha dos EUA fez uma escala na Base Naval de Jeju, na ilha da costa sul da Coreia do Sul, informou o porta-voz da Marinha sul-coreana, Jang Do-young. 

    Além das respostas da Coreia do Norte em frente às “ameaças” norte-americana, a situação diplomática entre os países ficou ainda mais complicada depois que o soldado americano Travis King cruzou a fronteira entre as Coreias na semana passada sem autorização. Esta é a primeira vez que um soldado americano entra na Coreia do Norte desde 1982. 

    Nesta segunda-feira, o vice-comandante do Comando das Nações Unidas (UNC), o general Andrew Harrison, afirmou que uma “conversa começou” com o país sobre o soldado. No entanto, Pyongyang não parece estar respondendo diretamente a Washington.

    “Não tenho conhecimento de nenhuma nova comunicação, além daquelas que aconteceram nas primeiras horas, nos primeiros dias depois que ele cruzou a fronteira”, disse o porta-voz do Departamento do Estado americano, Matt Miller.

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