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Paquistão e Índia recuam, mas hostilidade continua

Bombardeios na região da Caxemira seguem causando mortes; operação policial indiana deixou sete mortos

Por Da redação
2 mar 2019, 22h29
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  • As tensões entre os inimigos Índia e Paquistão parecem ter diminuído neste sábado, 2, depois que Islamabad entregou um piloto indiano que havia sido capturado, mas a hostilidade continua em meio aos esforços das potências mundiais para evitar uma guerra entre os vizinhos equipados com armas nucleares.

    O comandante indiano Abhinandan Varthaman, que se tornou o rosto e símbolo do maior confronto entre as duas nações em muitos anos, atravessou a fronteira pouco antes das 21h (horário local) na sexta-feira 1, num ato de grande repercussão e que foi mostrado ao vivo na televisão.

    Mas o bombardeio através da Linha de Controle (LoC), que atua como uma fronteira de fato na região da Caxemira, continuou neste sábado.

    Militares do Paquistão disseram que a Força Aérea e Marinha “continuam alertas e vigilantes”, após dois de seus soldados terem sido mortos depois de trocar fogo com tropas indianas ao longo da Linha de Controle.

    Militares da Índia disseram que o Paquistão estava disparando morteiros na LoC.

    Pelo menos quatro membros das forças de segurança, um civil e dois insurgentes, também morreram nesta sexta em uma operação policial na Caxemira indiana. Ao menos 350 ativistas foram presos na região pelo governo indiano.

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    Escalada nas tensões

    O Paquistão classificou o retorno de Abhinandan como “um gesto de boa vontade com o objetivo de diminuir as crescentes tensões com a Índia” após semanas de tensões que ameaçaram evoluir para uma guerra depois que os dois países usaram jatos para bombardear missões nesta semana.

    Potências globais, incluindo a China e os Estados Unidos, pediram moderação para evitar outro conflito entre os vizinhos, envolvidos em três guerras desde a independência da Grã-Bretanha em 1947.

    As tensões aumentaram rapidamente após um atentado suicida em 14 de fevereiro, que matou pelo menos 40 policiais paramilitares indianos na Caxemira controlada pela Índia.

    A Índia acusou o Paquistão de abrigar o grupo Jaesh-e Mohammad responsável pelo ataque, o que Islamabad negou. Ainda assim, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi prometeu uma forte resposta.

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    Aviões de guerra de Nova Délhi realizaram ataques aéreos na terça-feira 26 dentro do Paquistão, no que a Índia chamou de campos militantes. Islamabad negou que tais campos existissem, assim como os moradores locais da ��rea, e o Paquistão retaliou na quarta-feira 27 com sua própria missão aérea.

    O impasse veio em um momento crítico para Modi, que enfrenta uma eleição geral em maio. Ele deve se beneficiar do orgulho nacionalista desencadeado pelo conflito.

    Líderes paquistaneses dizem que a bola está agora no campo indiano para reduzir as tensões, embora o chefe do exército paquistanês tenha dito aos líderes militares dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália que seu país “certamente responderia a qualquer agressão em autodefesa”.

    (Com Reuters e EFE)

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