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Paquistão diz ter abatido dois caças indianos em seu espaço aéreo

Embora o governo indiano declare ter bombardeado a Caxemira para atingir terroristas, o governo paquistanês contabiliza a morte de ao menos seis civis

Por Da Redação Atualizado em 27 fev 2019, 06h20 - Publicado em 27 fev 2019, 03h17

O governo do Paquistão anunciou, na madrugada desta quarta-feira 27, que abateu dois caças indianos sobrevoando seu espaço aéreo e prendeu um piloto do país vizinho. A ação ocorre um dia após tropas da Índia bombardearem a região da Caxemira no território paquistanês.

Embora os indianos aleguem ter mirado centros de treinamento terroristas no ataque aéreo, nesta quarta-feira as autoridades paquistanesas informaram que foram atingidas casas e ao menos seis civis morreram, incluindo crianças, além de vários feridos.

“A Força Aérea do Paquistão derrubou duas caças indianos dentro do espaço aéreo paquistanês”, afirmou o porta-voz do Exército paquistanês, o major-general Asif Ghafoor.

A ação ocorre um dia depois de as tensões entre os dois países terem escalado com o ataque aéreo da Índia no noroeste do Paquistão. De acordo com Nova Délhi, o ataque foi preventivo e atingiu um campo de treinamento terrorista, matando “um grande número de militantes”.

Nesta terça, o governo paquistanês já havia declarado que responderia o bombardeio. De acordo com o governo indiano, o ataque aéreo teve como objetivo destruir o maior campo de treinamento do grupo terrorista Jaesh-e-Mohammed (JeM), segundo o governo indiano.

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O ataque elevou dramaticamente as tensões entre os dois países, que têm armas nucleares e que já travaram três guerras entre si.

Em comunicado, o Comitê de Segurança Nacional do Paquistão, que inclui as principais autoridades do país como o primeiro-ministro, Imran Khan, e o comandante do Exército, Javed Bajwa, informou que rejeita “enfaticamente a alegação indiana de que atingiu um alegado campo terrorista perto de Balakot e a alegação de várias baixas”.

O ataque

O bombardeio foi realizado na madrugada desta terça e, segundo o secretário das Relações Exteriores indiano, Vijay Keshav Gokhale, eliminou um “número significativo de terroristas”.

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Uma autoridade do governo da Índia afirmou em anonimato à agência de notícias Reuters que 300 militantes teriam morrido no bombardeio.

O porta-voz do gabinete de comunicação do Exército paquistanês, o major-general Asif Ghafoor, contudo, garantiu que nenhuma estrutura foi danificada e nenhuma vítima foi registrada.

“Após uma resposta efetiva da Força Aérea do Paquistão (caças indianos) descarregaram uma carga enquanto escapavam, que caiu em Balakot”, na Caxemira sob controle do Paquistão, disse em sua conta no Twitter. O porta-voz compartilhou fotos na rede social que mostravam uma cratera e aparentes destroços de uma bomba.

O objetivo da ação indiana foi atingir o campo de treinamento do grupo terrorista Jaesh-e-Mohammed, que assumiu a autoria de um atentado suicida de 14 de fevereiro, que matou mais de 40 policiais paramilitares indianos na Caxemira.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)
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