Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Palestinos pedem fim da ocupação israelense à corte internacional de Haia

Mais de 50 países apresentarão argumentos ao tribunal superior das Nações Unidas até a próxima segunda-feira, 26

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h11 - Publicado em 19 fev 2024, 11h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki, apelou nesta segunda-feira, 19, à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para que a ocupação de Israel seja encerrada de imediato. Mais de 50 países apresentarão argumentos ao tribunal superior das Nações Unidas até a próxima segunda-feira, 26.

    Alguns territórios palestinos foram tomados por Tel Aviv durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Entre eles estavam Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental, Colinas de Golã, na Síria, e Península do Sinai, no Egito.

    Em 2005, Israel retirou todas as suas forças de Gaza, impondo sanções em seguida e controlando a fronteira ao lado dos egípcios. A Cisjordânia, apesar de ser governada parcialmente pela Autoridade Nacional da Palestina (ANP), ainda conta com assentamentos israelenses. Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã, por sua vez, permanecem sob controle de Israel.

    Na corte, Al-Maliki afirmou que o país é responsável por décadas de discriminação e apartheid contra palestinos, de forma a supostamente impor “deslocamentos [forçados], subjugação ou morte”. O governo israelense rejeita as acusações.

    “A única solução consistente com o direito internacional é que essa ocupação ilegal chegue ao fim imediato, incondicional e total”, demandou.

    Continua após a publicidade

    + Corte em Haia ordena que Israel previna e puna incitação ao genocídio

    Críticas a Israel

    A audiência faz parte de um conjunto de esforços palestinos para fazer com que instituições jurídicas internacionais examinem a conduta de Israel em relação não só à Faixa de Gaza, mas também ao povo palestino como um todo. A pressão sobre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu escalou em meio à guerra contra o Hamas, iniciada em 7 de outubro. Até o momento, 29.000 palestinos foram mortos, contra 1.200 israelenses.

    O parecer da CIJ não tem poder vinculativo, ou seja, não é capaz de obrigar juridicamente Israel a abandonar os territórios ocupados, mas teria “grande peso jurídico e autoridade moral”, disse a corte. Acredita-se que o resultado da deliberação será emitido nos próximos meses.

    Continua após a publicidade

    Israel, no entanto, tende a rejeitar quaisquer opiniões jurídicas que contrariem a linha de governo. Em janeiro, a África do Sul apresentou um caso de genocídio palestino contra Israel. A acusação foi chamada de “malévola” e de “distorção da verdade” por representantes de Tel Aviv. Em Haia, Al-Maliki reforçou as queixas.

    “O genocídio em curso em Gaza é o resultado de décadas de impunidade e inação. Acabar com a impunidade de Israel é um imperativo moral, político e legal”, afirmou.

    + Israel declara Lula ‘persona non grata’ após fala sobre Gaza e Holocausto

    Continua após a publicidade

    Panorama na CJI

    É a segunda vez que a Assembleia Geral das Nações Unidas solicita à Corte Internacional um parecer consultivo relacionado à ocupação israelense em territórios palestinos. Em 2004, o tribunal concluiu que o muro de separação de Israel na Cisjordânia violava o direito internacional, ordenando que fosse derrubado. Ele, no entanto, permanece no local até hoje.

    Os juízes foram instados a rever a “colonização e anexação” por parte de Israel, que incluiria medidas destinadas a alterar a composição demográfica dos territórios palestinos, o caráter e o estatuto da Cidade Santa de Jerusalém e a adoção de leis e medidas discriminatórias.

    Entre os países que participarão das audiências estão os Estados Unidos — principal apoiador de Israel, mesmo com as recentes críticas do presidente americano, Joe Biden, à sua conduta na guerra , China, Rússia, África do Sul e Egito. O país de Netanyahu não estará presente, mas enviará declarações por escrito.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.