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Países fecham pacto climático, mas resultado é visto como fraco

Alguns países e grupos de ativistas criticaram a falta de ambição do acordo pois acreditam que não foi suficiente para conter a alta das temperaturas

Por Reuters Atualizado em 16 dez 2018, 12h55 - Publicado em 16 dez 2018, 12h40
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  • Aproximadamente 200 países superaram divisões políticas na noite de sábado para chegar a um acordo sobre regras para a implementação de um marcante pacto global sobre a mudança climática, mas críticos dizem que ele não é ambicioso o bastante para evitar os perigosos efeitos do aquecimento global.

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    Após duas semanas de conversas na cidade polonesa de Katowice, os países finalmente atingiram um consenso sobre um regulamento mais detalhado para o Acordo de Paris de 2015, que tem como objetivo limitar a alta nas temperaturas médias globais a “bem abaixo” de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

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    “Não é fácil chegar a um acordo sobre um pacto tão específico e técnico. Por meio desse pacote, vocês deram milhares de pequenos passos para a frente. Vocês podem ficar orgulhosos”, disse aos participantes o presidente polonês das negociações Michal Kurtyka.

    Após ele bater o martelo para sinalizar que o acordo havia sido alcançado, os ministros se juntaram a ele no palco, abraçando e rindo em sinais de alívio após a maratona.

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    Antes do início das conversas, muitos esperavam que o acordo não seria tão robusto quanto necessário. A unidade que sustentou as negociações de Paris se fragmentou, e o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende retirar do pacto seu país – um dos maiores emissores do mundo.

    Após 11 horas, os ministros conseguiram romper um impasse entre o Brasil e outros países sobre regras contábeis para o monitoramento de créditos de carbono, adiando a maior parte dessa discussão para o próximo ano, mas perdendo uma oportunidade de enviar um sinal às empresas para que acelerem suas ações.

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    Ainda assim, o exausto grupo de ministros reunidos para as conversas conseguiu superar uma série de divisões para produzir um livro de regras de 156 páginas – que é dividido em temas que vão de como os países irão relatar e monitorar suas promessas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e atualizar seus planos de emissões.

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    Nem todos ficaram felizes com a totalidade do acordo, mas o processo segue em curso e é algo a ser construído, disseram diversos ministros.

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    “Embora alguns elementos do livro de regras ainda precisem ser aprofundados, é uma fundação para fortalecer o Acordo de Paris e pode ajudar a facilitar a reentrada no Acordo de Paris por uma futura administração presidencial”, disse Alden Meyer, da União de Cientistas Preocupados.

    Ambição

    Alguns países e grupos de ecologistas criticaram o resultado por falhar em pedir que os crescentemente ambiciosos cortes de emissões fossem suficientes para conter a alta das temperaturas.

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    Países mais pobres vulneráveis à mudança climática também queriam mais clareza sobre como um financiamento climático já acordado de 100 bilhões de dólares por ano até 2020 será fornecido e sobre os esforços para aumentar ainda mais essa quantia a partir do final da década.

    Um comunicado do secretário-geral da ONU, António Gutierres, que deixou as negociações na quinta-feira, destacou a necessidade de mais trabalho.

    “De agora em diante, minhas cinco prioridades serão: ambição, ambição, ambição, ambição e ambição”, disse ele.

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    “E a ambição deve guiar todos Estados membros conforme eles preparam (seus planos de cortes de emissões) para 2020 para reverter a atual tendência em que a mudança climática ainda corre mais rápido que nós.”

    Um relatório encomendado pela ONU ao IPCC em outubro alertou que conter a alta da temperatura da Terra em 1,5 graus Celsius exigiria “mudanças sem precedentes” em todos os aspectos da sociedade.

    Na semana passada, a Arábia Saudita, os Estados Unidos, a Rússia e o Kuweit recusaram-se a usar a palavra “bem-vindo” em associação com as conclusões do relatório.

    O texto da decisão agora apenas expressa gratidão pelo trabalho no relatório, agradece sua conclusão no prazo e convida as partes a usar as informações nele contidas.

    A conferência em si foi realizada pela Polônia, que depende do carvão e que tem procurado proteger sua indústria de mineração. O único evento do governo dos EUA em Katowice foi visto como uma tentativa de reapresentar o carvão como uma fonte de energia potencialmente limpa.

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