Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

ONU: mais da metade das crianças refugiadas não está matriculada na escola

Novo relatório revela que mais de 7 milhões das crianças que deixam seus países devido a guerras ou perseguição não têm acesso à educação formal

Por Pedro Cardoni
8 set 2023, 15h56
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um relatório da Acnur, agência das Nações Unidas para refugiados, revelou nesta sexta-feira, 8, que mais da metade das crianças refugiadas em idade escolar no mundo não estão matriculadas em escolas, o que coloca em risco as metas de desenvolvimento global. Especialistas estimam que mais de 7 milhões, das 14,8 milhões de crianças refugiadas, não têm acesso à educação formal.

    O Relatório sobre Educação de Refugiados, do Acnur, utiliza dados de mais de 70 países. De acordo com o documento, em 2022, o número de refugiados em idade escolar aumentou quase 50% em relação aos 10 milhões do ano anterior, dado impulsionado principalmente pela guerra na Ucrânia.

    Outro ponto ressaltado pelo texto é que a quantidade de matrículas varia drasticamente de acordo com a idade das crianças. A pesquisa aponta que 38% delas estão inscritas da Educação Infantil, 65% no Ensino Fundamental I, 41% no Ensino Fundamental II e apenas 6% no Ensino Médio. Além disso, há disparidade gritante entre nível de matrículas dos jovens refugiados em relação às crianças locais.

    “Quanto mais se sobe na escada educacional, maior é a queda nos números, porque as oportunidades de estudar ficam mais limitadas”, disse Filippo Grandi, alto comissário das Nações Unidas para refugiados, no relatório. “A menos que seu acesso à educação receba um grande impulso, eles serão deixados para trás. Isso não ajudará a atingir outras metas de emprego, saúde, igualdade, erradicação da pobreza e muito mais.”

    + Cinco milhões de pessoas foram deslocadas pela guerra civil no Sudão

    Segundo o relatório, isso ocorre porque os custos educacionais das crianças refugiadas recaem, na maioria das vezes sobre países mais pobres, já que 20% das pessoas deslocadas à força vivem hoje nos 46 países menos desenvolvidos do mundo. Analistas dizem que isso pode sobrecarregar os recursos já escassos dessas nações.

    Continua após a publicidade

    “Eles precisam de apoio previsível e plurianual de instituições financeiras globais e regionais, de países de alta renda e do setor privado. Não podemos esperar que países sobrecarregados e com recursos escassos assumam a tarefa sozinhos”, acrescentou Grandi.

    O relatório destaca, por outro lado, que também há desenvolvimentos globais positivos no campo de educação de crianças refugiadas. Entre eles, a paridade de gênero entre os alunos, com diferenças de apenas 2% entre meninos e meninas no Ensino Fundamental I e 1% no Ensino Fundamental II.

    + Extração de areia está ‘esterilizando’ fundo dos oceanos, alerta ONU

    O documento também apresenta relatos de estudantes refugiados que conseguem se destacar em exames nacionais quando obtêm acesso a uma educação de qualidade.

    “Ao nos capacitarmos por meio da educação, podemos romper o ciclo de dificuldades e proporcionar um caminho para um futuro mais brilhante”, disse Monicah Malith, uma refugiada do Sudão do Sul que estuda direito na Universidade de Nairóbi, no Quênia.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.