A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenou neste domingo, 24, a violência das forças de segurança venezuelanas e grupos paramilitares nas regiões de fronteira da Venezuela com a Colômbia e com o Brasil. Os episódios causaram que causou pelo menos nove mortos.
A violência registrada desde sexta-feira 22 e sábado deixou cerca de 300 pessoas feridas e mostraram “cenas deploráveis”, ressaltou Bachelet em comunicado. A ex-presidente chilena, de esquerda, pediu ao governo venezuelano que “deixe de empregar o uso excessivo da força contra manifestantes desarmados e cidadãos comuns”.
A manifestação de Bachelet é a primeira das Nações Unidas de condenação aos atos violentos do regime de Maduro. O secretário-geral da organização, o português António Guterrez, ainda se mantém encima do muro, sem nem mesmo qualificar a violência nas fornteiras da Venezuela nos últimos dias. Ele recebera, na semana passada, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, aquem reiterou seguir os princípios de “neutralidade, imparcialidade e independência”.
A alta comissária para Direitos Humanos pediu ao regime do presidente Nicolás Maduro que contenha os grupos pró-governo envolvidos nos incidentes violentos, muitos deles relacionados com o bloqueio da ajuda humanitária que se dirigia à Venezuela.
“O uso de forças paramilitares e parapoliciais tem uma longa e sinistra história na região, e é muito alarmante vê-las operar de maneira tão clara na Venezuela”, afirmou Bachelet.
Outros atores da comunidade internacional também condenaram estes incidentes violentos, caso da União Europeia, que criticou hoje a intimidação às pessoas que se mobilizaram para permitir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela e pediu às forças de segurança venezuelanas que permitam sua distribuição.
(Com EFE)